Anvisa relata que foi constrangida ao interromper Brasil x Argentina

Anvisa relata que foi constrangida ao interromper Brasil x Argentina

Agência publicou documento em que garante que alertou argentinos em pelo menos quatro oportunidades

R7

Agência publicou documento em que garante que alertou argentinos em pelo menos quatro oportunidades

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A Anvisa deu sua versão sobre os acontecimentos no jogo entre Brasil e Argentina, que foi suspenso no último domingo (5). A agência publicou uma linha do tempo com todas as medidas tomadas pelas autoridades da saúde até o momento da interrupção do clássico em Itaquera, e afirma que todos os envolvidos (CBF, Conmebol, AFA e os próprios jogadores de futebol), "de forma deliberada obstruíram e constrangeram os servidores públicos". 

"Salientamos a falta de colaboração no cumprimento das medidas sanitárias, pelos envolvidos (CBF, CONMEBOL, AFA e os próprios jogadores de futebol), que aparentemente de forma deliberada obstruíram e constrangeram servidores públicos em cumprimento de ação em prol da saúde pública do povo brasileiro, com base na legislação brasileira vigente. Por fim aproveitamos para fazer um agradecimento especial à Polícia Federal e seus membros que participaram desta ação, não somente pelo cumprimento do dever, mas no apoio e segurança dispensada ao  servidor desta Agência", afirmou a Anvisa, em documento assinado pelo servidor Yunes Eiras Baptista.

A delegação argentina desembarcou em São Paulo na manhã da última sexta. Diante dos rumores de que Emiliano Martínez, Emiliano Buendía, Christian Romero e Giovani Lo Celso teriam passado pela Inglaterra e, diferentemente do que determina a portaria federal 655/21, não cumpriram isolamento, a coordenação regional da agência pediu investigação do caso à noite.

A partir daí então, começou o processo de pelo menos quatro tentativas de notificação que os jogadores deveriam ficar isolados. Segundo o documento publicado, a AFA, a CBF e membros da Conmebol foram notificados. Há também a confirmação de uma reunião na véspera da partida com todos os envolvidos. Fica a dúvida se os argentinos poderiam pedir uma autorização especial ou correriam o risco de serem deportados.

Já no domingo (5), antes da bola rolar, a Anvisa foi comunicada pela PF que os quatro jogadores que descumpriram o protocolo haviam saído do hotel com o restante da delegação argentina em direção a Neo Química Arena, palco do jogo. Os agentes então, foram ao local para entregar as "notificações sanitárias" ao quarteto da Argentina.

No entanto, na chegada ao estádio, as autoridades da saúde foram impedidas de entrar no vestiário argentino, no que a Anvisa caracteriza como obstrução. "O recebimento das notificações foi recusado pela equipe da Argentina", disse a agência, que ainda cita como testemunhas do ocorrido os policiais federais que acompanhavam a operação.

A Anvisa ressaltou no comunicado que não tinha intenção de tumultuar o clássico entre Brasil e Argentina, mas, diante da recusa por parte da delegação argentina em receber as notificações sanitárias, não teve outra opção se não interromper a partida e exigir a retirada dos quatro jogadores (Emiliano Martínez, Emiliano Buendía, Christian Romero e Giovani Lo Celso).

Mesmo após o anúncio da suspensão da partida, os atletas argentinos não aceitaram receber as notificações, revela a Anvisa. A agência afirma que, depois dos acontecimentos na Neo Química, se dirigiu ao aeroporto de Guarulhos e que os "policiais federais que acompanharam toda a ação assinam as notificações como testemunhas de recusa de recebimento". 


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