Torcedores da dupla Gre-Nal vivem experiência de assistir o clássico de dentro do carro

Torcedores da dupla Gre-Nal vivem experiência de assistir o clássico de dentro do carro

Drive-in Air Festival recebeu mais de cem veículos, com no máximo quatro pessoas dentro

Correio do Povo

Os torcedores não podiam sair dos carros, mas se manifestavam, vez por outra, com buzinas e piscando faróis

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Pela primeira vez, um Gre-Nal foi transmitido ao vivo em um drive-in. O clássico da final da Taça Francisco Novelletto passou em um telão de 100 m², no estacionamento 4 do Porto Alegre Airport - Aeroporto Internacional Salgado Filho. O Drive-in Air Festival recebeu mais de cem veículos, com no máximo, quatro pessoas dentro. O clima, amistoso, lembrou as torcidas mistas dos estádios, com famílias inteiras e com muitas “flautas”, mas sem brigas.

Os protocolos de segurança, saúde e higiene foram seguidos à risca. Não era possível sair dos carros e o público, que pagou ingressos entre R$ 45 e R$ 120, respeitou. Entre eles, um grupo de veio da cidade de Charqueadas. Dois gremistas e dois colorados que pareciam estar em casa, zombando uns dos outros, com muitas risadas. “O Guerrero vai fazer diferença e vamos ganhar de 2 a 1. Depois do jogo, vamos comemorar mais um título perto da Arena”, projetou Vinicius Duarte. Já o tricolor Raphael Mattos ressaltou a experiência diferente de assistir a um jogo desta maneira. “Vamos ganhar com gols do Diego Souza e do Cebolinha”, garantiu.

Os torcedores não podiam sair dos carros, mas se manifestavam, vez por outra, com buzinas e piscando faróis. Bebidas alcoólicas eram adquiridas por meio de pedidos em aplicativos, assim como os alimentos. As torcidas misturadas dentro dos veículos transformaram o drive-in em um espaço sem predomínio de um time sobre o outro. Mas no carro de Jairo da Silva Rosa, eram três gremistas e uma colorada. “É uma situação bem diferente, vamos ver como vai ser”, esperava o tricolor, momentos antes da partida.

A torcedora do Inter, Fernanda Mello, não se sentia constrangida. “Eu sou a diferencial. Tem que ter alguém para se destacar”, brincou. Duas bandeiras, uma de cada clube, foram estendidas no capô do carro. Teve até aposta. “Quem ganhar, leva uma janta”, revelou Fernanda, que não pretendia pagar três refeições para os amigos.

O áudio foi exclusivamente transmitido via rádio FM e uma equipe estava destacada para recarregar as baterias dos carros, se fosse preciso. Não foi permitido o acesso de motos, carros conversíveis, vans, micro-ônibus e similares.

Entorno do Arena não registra circulação de pessoas

No entorno da Arena do Grêmio, uma acena atípica para um clássico Gre-Nal: não havia circulação de pessoas, o acesso ao estádio estava bloqueado, e os bares fechados. Como medida de combate ao avanço do novo coronavírus, o jogo ocorreu sem torcida na arquibancada. Do lado de fora, viaturas da Brigada Militar e da EPTC trafegavam praticamente sozinhas. Gradis e cones foram colocados para impedir eventuais tentativas de torcedores de se aproximar do local.  

O cenário em nada lembrava as aglomerações comuns a eventos como este. Casos raros como um casal que levou a filha o mais perto possível da Arena do Grêmio para tirar fotos eram exceção. No entanto, em algumas residências do bairro Humaitá mais distantes do campo, era possível notar pequenas junções de até dez pessoas. Na maioria destes casos, sem máscaras. Na rua Frederico Mentz, por exemplo, ocorriam alguns churrascos na calçada antes da partida começar, com pessoas tocando instrumentos e até sambando, sem proteção contra Covid-19.


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