Um morre e outros 16 são presos em operação contra invasão no Maracanã

Um morre e outros 16 são presos em operação contra invasão no Maracanã

Segundo a PF, quadrilha planejava séries de atos violentos no estádio

Agência Brasil e R7

Agentes cumprem mandados de prisão na capital do Rio e em cidades da região metropolitana

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A Operação Olho de Águia, da Polícia Civil do Rio de Janeiro, deflagrada na manhã de hoje, já cumpriu 16 dos 27 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça. A delegada Carina Bastos, da 18ªDP (Praça da Bandeira), confirmou que, no cumprimento de um dos mandados, na comunidade do Jacarezinho, a equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) foi recebida a tiros. Durante a ofensiva, uma pessoa morreu e outras duas feridas foram levadas para o Hospital Souza Aguiar. Este caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.

O grupo planejava invadir o Estádio do Maracanã na quarta-feira à noite, na segunda partida pela semifinal da Taça Libertadores da América entre Flamengo e Grêmio. Segundo a delegada, a acusação é de associação criminosa. “Eles se associaram para a prática de diversos crimes, como roubo, falsificação de documentos, lesão ou até homicídio se fosse necessário, se a polícia impedisse a invasão. O que fosse preciso para eles invadirem o Maracanã. A simples associação para a prática de crimes já é tratado como crime, destacou.

Bastos disse que o grupo no aplicativo de conversas WhatsApp foi identificado na sexta-feira e o tom das conversas promovia muita violência. “Na sexta-feira, a gente recebeu a informação da criação desse grupo, pela inteligência digital, e então começamos a adotar diversas diligências para identificar os membros do grupo e tentar impedir que esse fato ocorresse. Foram diversas diligências o final de semana inteiro", disse. Segundo ela, o grupo era aberto e policiais da inteligência conseguiram se infiltrar na conversa.

As equipes da Core ainda estão nas ruas para cumprir os mandados. A investigação ainda não está concluída e podem ser expedidos mais mandados de prisão. A polícia ainda não decidiu se haverá restrição judicial para a presença de algum torcedor no jogo de amanhã. O balanço final deve ser divulgado no fim do dia.

As investigações da Polícia Civil tentam impedir episódios semelhantes ao da final da Copa Sul Americana, entre Flamengo e Independiente, em 2017, no qual centenas de pessoas invadiram o Maracanã, causando pisoteamentos e ferindo torcedores.

Para evitar um incidente como o de 2017, o Flamengo e as equipes de segurança e de trânsito do Rio montaram um planejamento especial para a semifinal da Libertadores. Bloqueios serão montados no entorno do Maracanã desde a partir das 18h de quarta, sendo permitido apenas o acesso de pessoas com ingresso para a partida. Em nota, a Polícia Civil estima que haja um agente público de segurança ou trânsito para cada 56 torcedores na operação para a semifinal.


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