Volta do estadual alivia, mas nacionais ainda preocupam dupla Gre-Nal

Volta do estadual alivia, mas nacionais ainda preocupam dupla Gre-Nal

Dupla Gre-Nal se anima com perspectiva de retomar o Gauchão, porém não há nenhuma previsão para os demais torneios

Fabrício Falkowski e Rafael Peruzzo

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A previsão de volta do Gauchão para meados de julho soa como um alívio para a dupla GreNal. Os dois clubes ainda têm cotas televisivas do torneio a receber e, neste momento, qualquer valor que entre nos cofres é valorizado. Mas, se por um lado há uma confiança na retomada do Estadual, o mesmo não se pode dizer das competições nacionais. O Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil correm sério risco devido ao cenário da pandemia.

Com os números em uma crescente, é impossível fazer qualquer exercício de projeção da volta do futebol nacional. E quanto mais se prorroga a decisão, maior é o tamanho da preocupação de Grêmio e Inter. “Todo mundo está apreensivo”, diz o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, ao comentar o sentimento que permeia os clubes brasileiros – os dirigentes trocam informações constantemente. A apreensão que também afeta o presidente do Inter, Marcelo Medeiros, se justifica pelo fato de o Brasileirão e a Copa do Brasil serem as competições mais rentáveis.

Além das premiações, há polpudas cotas de televisionamento, já sendo pagas parceladamente, mas que podem sofrer repactuações com a paralisação. O Grêmio, por exemplo, projetou para o ano uma receita de R$ 120 milhões em contratos de TV, o que representa cerca de 38% do orçamento total. Ficar sem a totalidade dessa receita significa o agravamento de um quadro econômico que já se mostra dramático.

No Inter, o cenário de indefinições tem um ingrediente extra: o contrato, assinado durante a gestão Vitorio Piffero, com o grupo Turner para televisionamento dos Brasileirões de 2019 e 2020 em canal fechado. No ano passado, a cota foi paga normalmente. Neste ano, entretanto, o clube e a empresa entraram em litígio. Cada uma das partes alega que a outra descumpriu o contrato. A Turner não esconde a pretensão de romper o contrato sem pagar os R$ 31 milhões a que o Inter teria direito em 2020.

Tentativa de negociação 

O problema ainda está longe de uma solução. Nesta semana, em novo encontro virtual entre representantes da Turner e do Inter, haverá mais uma tentativa de negociação para acordo sem uma ação judicial. Um prêmio de consolação para o clube seria a Turner abrir mão dos direitos e permitir que ao menos os dirigentes colorados tentem negociar com outra empresa – embora essa hipótese também seja de difícil concretização devido à paralisação.


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