Voto pelo Catar levou à "situação caótica" na corte de Nova York, diz Blatter

Voto pelo Catar levou à "situação caótica" na corte de Nova York, diz Blatter

Ex-presidente da Fifa promete lançar livro para falar sobre a instituições e terá capítulo sobre o Brasil

AE

Blatter vê dirigentes sul-americanos tentando se livrar das acusações culpando Nicolas Leoz, já falecido

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Se não fosse pela decisão de dirigentes de votar pela Copa do Mundo no Catar, o mundo do futebol não estaria no "caos" que se encontra hoje nas cortes de Nova York, nos Estados Unidos. Quem faz a constatação é Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa e que esteve no epicentro da maior crise na instituição. Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S.Paulo, o suíço falou da preparação para a Copa de 2018, na Rússia, do Mundial de 2014, no Brasil, e da lógica política de levar o torneio para Moscou.

Afastado de qualquer envolvimento com a administração do futebol pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) e fora da Fifa desde 2015, Joseph Blatter admite que está acompanhando de perto o julgamento dos dirigentes sul-americanos no tribunal de Nova York. Mas garante: seu nome não irá aparecer no julgamento.

"Todos estão tentando salvar suas cabeças ali e acusar aos demais. Mas ninguém pode me acusar. Você não vai ver ninguém me acusando, pois eu realmente não estou envolvido nesse assunto", afirmou o suíço.

Joseph Blatter ainda contou os bastidores da preparação da Copa do Mundo no Brasil, apontando que a construção de estádios foi tomada com base em "decisões políticas". "O Brasil chegou a propor que fizéssemos a Copa em 17 estádios e tivemos de reduzir isso para 12", afirmou. Hoje, parte deles está vazio.

Em campo, porém, o ex-presidente da Fifa insiste que o Brasil é um dos três favoritos para ganhar a Copa e que a seleção soube renovar o seu time, depois de 2014.

Com 81 anos, sua voz não é mais a mesma daquele dirigente que era recebido como um chefe de Estado por onde aparecia. Mas ele garante que continua ativo. O suíço, que hoje vive entre Zurique e sua região do Valais, ainda promete lançar um livro antes da Copa do Mundo, com novas revelações sobre o que teria ocorrido em seus anos na Fifa. E ele garante: haverá um capítulo inteiro sobre o Brasil. Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

 




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