Hospital de Portão restringe atendimentos após superlotação no setor de emergências

Hospital de Portão restringe atendimentos após superlotação no setor de emergências

Ala reservada para pacientes com coronavírus está com 24 leitos clínicos ocupados

Stephany Sander

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O Hospital de Portão está com restrição de atendimentos. Apenas casos de urgência e emergência estão sendo aceitos na casa de saúde desde a manhã desta segunda-feira. A medida ocorre por conta da superlotação no setor de Emergência e também na unidade de internação Covid-19. Demais casos devem procurar as unidades básicas de saúde do município para atendimento.

De acordo com a direção do hospital, a ala reservada para pacientes com coronavírus está com 24 leitos clínicos ocupados. Outras seis pessoas aguardam transferência para leitos de UTI em outros hospitais. Uma delas está há nove dias na lista de espera. 

São Leopoldo

Em São Leopoldo, como medida de segurança para garantir o tratamento aos pacientes em ventilação mecânica na Área Covid, a direção do Hospital Centenário suspendeu temporariamente todas as cirurgias eletivas devido à falta de insumos anestésicos e sedativos em estoque e nas empresas distribuidoras. A decisão, em vigor desde sexta-feira, visa direcionar a quantidade ainda disponível destes medicamentos na instituição para manter estáveis a sedação dos pacientes graves e evitar que alternativas menos confortáveis sejam adotadas.  

O Hospital Centenário notificou, através da Justiça, a empresa distribuidora destes insumos por não ter recebido ainda o lote de 10 mil ampolas, já adquiridos. A empresa não cumpriu a liminar e a Procuradoria Geral do Hospital Centenário comunicou a Justiça sobre o descumprimento a fim de ser feito pedido de busca e apreensão na empresa. A falta de insumos anestésicos e sedativos afeta não somente o Hospital Centenário. É uma realidade que todas as instituições de saúde estão enfrentando. 

De acordo com a presidente Lilian Silva, a falta dos medicamentos é uma ameaça real. “Estamos operando no limite com estoque praticamente zerado, a falta destes medicamentos nos obriga a usar alternativas de tratamento não tão confortáveis para o paciente. O consumo destes insumos é em larga escala, a quantidade utilizada de anestésicos e sedativos no Bloco Cirúrgico durante um ano, por exemplo, é a mesma utilizada em 10 dias na Área Covid”, destaca.


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