Diesel aumenta 9,5% e já custa mais do que a gasolina nos postos

Diesel aumenta 9,5% e já custa mais do que a gasolina nos postos

O litro passou de R$ 6,906 para R$ 7,568, e a gasolina, de R$ 7,232 para R$ 7,390, uma semana após reajuste da Petrobras

R7

Preço médio da gasolina já teve queda de 22,3% desde junho

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O diesel já custa mais caro que a gasolina pela primeira vez nos postos do país, desde o início da série histórica, em 2004. O preço médio do litro do combustível superou o da gasolina comum e até mesmo da aditivada, de acordo com o levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), nesta semana.

O valor médio passou de R$ 6,906 para R$ 7,568, alta de 9,5%, uma semana após o aumento da Petrobras nas refinarias. O preço máximo do diesel chegou a quase R$ 9. O litro foi encontrado por R$ 8,950, em Cruzeiro do Sul (AC). Na semana anterior, o máximo havia sido R$ 8,630, em Irecê e Valença (BA). 

Já a gasolina comum foi de R$ 7,232 para R$ 7,390, aumento de 2,18%, e a aditivada, de R$ 7,337 para R$ 7,486 (2%).

Os aumentos ocorrem após reajuste dos preços nas refinarias, de 5,2% na gasolina e de 14,2% no diesel, no último dia 17. A Petrobras alega que "tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio".

A alta dos combustíveis tem sido ponto de tensão entre a Petrobras e o governo federal. Os reajustes constantes impactam a inflação, em ano eleitoral. No caso do diesel, também tem efeito indireto, o de pressionar os custos dos fretes de produtos como os alimentos e as passagens de ônibus.

A crise internacional de abastecimento, com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, agravou os preços e aumentou a diferença entre o valor de venda dos dois combustíveis pelas refinarias.

O governo já zerou os impostos federais sobre o diesel e tenta um programa de apoio aos caminhoneiros. Antes do aumento nas bombas dos postos, os caminhoneiros já criticavam o valor. A demanda aumenta no segundo semestre por causa do transporte da safra agrícola.

O governo também trocou pela quarta vez o comando da Petrobras. Nesta sexta-feira, o Comitê de Elegibilidade da estatal avalia o nome de Caio Paes de Andrade para a presidência da empresa.


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