Estudantes protestam contra os cortes de verbas na educação e pela autonomia das universidades

Estudantes protestam contra os cortes de verbas na educação e pela autonomia das universidades

Grupo de 20 manifestantes realizou um ato no cruzamento das avenidas Paulo Gama e Osvaldo Aranha

Cláudio Isaías

Estudantes protestaram pela autonomia das universidades federais e contra o corte de verbas na Educação

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Os estudantes voltaram às ruas nesta quinta-feira para protestar pela autonomia das universidades federais e contra o corte de verbas na Educação. Um grupo de 20 manifestantes realizou um ato no cruzamento das avenidas Paulo Gama e Osvaldo Aranha, nas proximidades da Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).

Com faixas e cartazes, os jovens mostraram sua insatisfação com as seguintes mensagens: "Em Defesa da autonomia da Ufrgs e + Orçamento!", "Fora Bolsonaro", "Em defesa da educação pública", " - Intervenção + Investimento", "Em defesa da autonomia universitária" e "Fora Interventor", uma alusão ao professor Carlos André Bulhões empossado no cargo de reitor da Ufrgs para o período de 2020 a 2024, e a vice-reitora, a professora Patrícia Pranke. Os manifestantes permaneceram cerca de uma hora na avenida Paulo Gama e receberam o apoio de alguns motoristas que buzinavam aos estudantes quando do fechamento da sinaleira.

A presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE/RS), Gerusa Pena, disse que em 2020 foi um ano de pandemia da Covid-19 e cheio de adversidades e o Ministério da Educação (MEC) não fez nenhum esforço para manter um diálogo com a comunidade universitária, ou seja, com estudantes e professores.

"A gestão do MEC até o momento está sendo autoritária desrespeitando principalmente a autonomia das universidades federais. Foi um ano de intervenções, ou seja, reitores eleitos nas universidades não puderam tomar posse porque o governo federal decidiu por um reitor que teve menos votos e alinhado com o governo", ressaltou.

A manifestação contou também com a presença de integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES).  A manifestação dos estudantes aconteceu nas universidades Federal de Pelotas (UFPel) e de Santa Maria (UFSM) e na Universidade Federal do Rio Grande (Furg). 

De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2021 encaminhado pelo governo federal ao Congresso Nacional, o Ministério da Educação (MEC) poderá ter um corte de R$ 1,4 bilhão no orçamento. O presidente da UNE, Iago Montalvão, disse que os cortes impactam a retomada e a adaptação para as aulas presenciais, a pesquisa, os programas de assistência estudantil e os dos hospitais universitários.

"O governo Jair Bolsonaro vai na contramão do que é necessário em termos de financiamento. Coloca em risco o funcionamento das universidades e escolas no próximo ano e também aumentar o número da evasão", acrescentou.




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