Movimento em defesa do Instituto de Educação realiza aula pública contra privatização de espaços

Movimento em defesa do Instituto de Educação realiza aula pública contra privatização de espaços

Obra de restauro do prédio histórico teve uma retomada a partir de janeiro deste ano

Correio do Povo

Ato reuniu comunidade escolar e integrantes do Movimento em Defesa do IE

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Uma aula pública em defesa do cumprimento do projeto de restauro integral do Instituto de Educação General Flores da Cunha (IE), sem privatização dos espaços, marcou a manhã deste sábado em Porto Alegre. O ato, comemorativo ao aniversário de 153 anos da instituição estadual, celebrado no dia 5 de abril. A atividade, com participação da comunidade escolar e integrantes do Movimento em Defesa do IE, ocorreu no largo calçamento em frente ao prédio, situado na avenida Osvaldo Aranha, ao lado da Redenção.

Segundo a presidente da Comissão de Restauro, Maria da Graça Morales, o governo havia anunciado um “novo destino” ao IE. De acordo com ela, existem planos do prédio abrigar o Centro de Desenvolvimento dos Profissionais da Educação, o Centro Gaúcho de Educação Mediada por Tecnologias e o Museu da Escola do Amanhã. “A educação que a gente quer dirigida aos alunos não vai ter e será restrita”, alertou.

“Não tem espaço para a escola”, resumiu Maria da Graça Morales. “Estamos lutando contra”, enfatizou, destacando a mobilização da comunidade escolar e de entidades da sociedade. Ao dividir o espaço, a instituição perderá cerca de mil vagas e redução dos espaços para laboratório, sala de vídeo, de informática e sala de professores, entre outros. “Todo aquele prédio sempre foi do IE, uma escola histórica”, defendeu, ao apontar a história da instituição.

“Vamos até o final”, garantiu, revelando a busca de apoio na Assembleia Legislativa e acionamento do Ministério Público do Rio Grande do Sul. “Queremos lembrar que o projeto de restauro foi aprovado em 2014, sendo amplamente discutido. Foi um projeto conquistado”, frisou.

“O IE tem todos os níveis de educação, desde a creche que não está funcionando, pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e curso de formação de professores”, recordou. A instituição funciona em três locais diferentes na cidade, lembrou, devido às obras de recuperação do prédio, iniciadas em 2016. Os trabalhos já chegaram a ficar parados e, no período, tiveram até troca da empresa responsável.

A ordem de serviço para a retomada da obra de restauro foi assinada pelo governo em janeiro deste ano, no valor de R$ 23,4 milhões. A previsão de conclusão é de 15 meses.

“Não é apenas uma reforma..O nosso prédio é tombado pelo patrimônio histórico...Ele tem que sofrer uma restauração, não podem modificar as características…”, explicou Maria da Graça Morales.




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