Um reinício aos poucos nas escolas de Porto Alegre para alunos especiais

Um reinício aos poucos nas escolas de Porto Alegre para alunos especiais

Instituições devem observar as mesmas orientações sobre as medidas de prevenção e monitoramento da Covid-19

Gabriel Guedes

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As aulas presenciais para a educação especial, começaram a ser retomadas hoje, em Porto Alegre, depois de terem sido adiadas no dia 31. Apesar dos preparativos, o dia não foi marcado por uma “invasão” de estudantes nas escolas. Isso porque a retomada dos alunos que possuem alguma deficiência requer cuidados, como uma readaptação. Foi o caso daqueles que procuraram a Escola Municipal de Ensino Fundamental Lygia Morrone Averbuck, no Jardim do Salso, que reabriu as portas, mas preparou toda uma programação para o reinicio, permitido desde ontem.

Até às 9h30, na Lygia, apenas um estudante, de 12 anos, acompanhado da família, havia comparecido na escola. “Eles estão há um ano e meio em casa. Não é assim para voltar à aula. Por isso preparamos uma adaptação”, informa a vice-diretora, Leticia Carneiro Torres. Segundo ela, a semana será dedicada a receber as famílias, conversar com os pais e com os estudantes, para saber como estão e se algo mudou nos cuidados, ficando cerca de 1 hora. De acordo com a diretora, Helena Camilo, a escola possui mais de 200 estudantes e nesta semana, os turnos matutino e vespertino estão reservados para receber cerca de 20 matriculados por período. “Quando tiver as aulas, o funcionamento será escalonado, com alguns tendo aula aqui e outros online, se revezando”, explica Helena.

A exceção entre os cinco estabelecimentos de ensino que atendem estudantes especiais foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental Salomão Watnick, no Intercap, que já havia retomado as aulas de crianças surdas no começo de maio. “Voltamos no dia 3 de maio, mas tivemos que interromper nesta semana por causa de problemas no encanamento no banheiro”, conta a vice-diretora, Fabiane da Costa. O colégio vai aproveitar a parada forçada para reforçar a limpeza da escola.

As escolas municipais de educação especial devem observar as mesmas orientações sobre as medidas de prevenção e monitoramento da Covid-19. Na entrada da escola Lygia Morrone Averbuck, a temperatura dos visitantes era aferida e borrifadas de álcool 70º eram aplicadas nas mãos. Mas os estudantes também eram acolhidos por palavras de carinho, fixadas em cartazes e em objetos, como pequenas placas sob a mesa na entrada. Os 40 professores que atuam no local, também ganharam mimos, como um kit com camiseta da escola, duas máscaras 3M 9920H e álcool gel. “Também damos esta acolhida, porque para muitos, este momento é importante. Muitos não se viam há meses”, lembra a diretora.

As principais orientações da Secretariam Municipal de Educação (Smed) são intensificar o atendimento presencial, manter comunicação com as famílias e fazer o registro e acompanhamento da participação nas aulas presenciais e ou remotas. “Temos um COE (Centro de Operações e Emergência em Saúde) montado aqui na escola, onde estudamos os protocolos, divulgamos à comunidade escolar e aplicamos”, reitera Helena.

 




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