Ambulantes desrespeitam a lei e ocupam as calçadas na região central de Porto Alegre

Ambulantes desrespeitam a lei e ocupam as calçadas na região central de Porto Alegre

Prefeitura promete intensificar a fiscalização para coibir a ocupação dos espaços públicos e apreender mercadorias sem procedência

Cláudio Isaías

Ambulantes ocupam as calçadas de várias ruas do Centro Histórico

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Os ambulantes seguem desrespeitando a lei e continuam a marcar presença na frente das lojas do Centro Histórico de Porto Alegre. Na manhã desta quarta-feira, em função da chuva, os camelôs ficaram aglomerados embaixo das marquises dos prédios localizados nas avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho.

Mesmo com a fiscalização da prefeitura que se intensificou nos últimos meses, eles se instalam na rua dos Andradas, no trecho compreendido entre as ruas General Câmara e Marechal Floriano Peixoto, na rua Voluntários da Pátria e na avenida Borges de Medeiros. Quando percebem a presença dos agentes da Diretoria de Fiscalização da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Smde), que atua em conjunto com a Guarda Municipal e a Brigada Militar para coibir a ocupação dos espaços públicos e apreender as mercadorias sem procedência, eles deixam os locais às pressas com receio de que haja o recolhimento dos produtos.

Desde janeiro, foram recolhidos mais de 60 mil artigos, entre eletrônicos, alimentos, óculos, cigarros e outros produtos sem procedência, além de 18 toneladas de alimentos. A ideia da secretaria é intensificar ainda mais as operações de combate ao comércio clandestino.

Os ambulantes procuram áreas na avenida Salgado Filho, na esquina das ruas Vigário José Inácio e Marechal Floriano, e no Largo Glênio Peres, onde comercializam frutas e verduras, para atuar. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Irio Piva, elogiou as ações da prefeitura no sentido de coibir o comércio clandestino na cidade.

"Os lojistas pagam impostos e geram empregos. A presença dos ambulantes na frente dos estabelecimentos acaba por gerar uma concorrência desleal e prejudica a atividade formal e por consequência a sociedade", ressaltou.

Na rua dos Andradas, os ambulantes começam a chegar no Centro Histórico depois das 9h e preferem se concentrar nas imediações da rua Uruguai. Uma parte dos ambulantes, a maioria estrangeiros, opta por ficar na avenida Borges de Medeiros, nas proximidades da Esquina Democrática.

No período da pandemia, a circulação de produtos falsificados comercializados aumentou mais de 30% na Capital, segundo o Sindióptica/RS. Isso ocorreu em razão das lojas durante o período não poderem abrir as portas, bem como o estímulo pela compra feita pela internet.

O presidente do Sindióptica/RS, André Roncatto, ressaltou que a venda de óculos falsificados é um problema para a saúde pública. "Óculos sem procedência causam sérios danos à visão, com efeitos cumulativos e irreversíveis aos olhos, levando inclusive a cegueira”, ressaltou.


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