Corpo encontrado em São Paulo pode ser de surfista desaparecido no litoral do Rio Grande do Sul

Corpo encontrado em São Paulo pode ser de surfista desaparecido no litoral do Rio Grande do Sul

Gustavo dos Santos de Oliveira, de 18 anos, sumiu no dia 6 de junho

Correio do Povo

Jovem desapareceu no mar, em Imbé, no Litoral Norte, no dia 6 de junho deste ano

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O titular da DP de Imbé, delegado Antônio Carlos Ractz Júnior, confirmou que a roupa de borracha encontrada com o corpo em decomposição da praia do Prelado, em Iguape, em São Paulo, é semelhante à usada pelo surfista gaúcho Gustavo dos Santos de Oliveira, 18 anos, quando desapareceu no mar no dia 6 de junho passado. No entanto, ele vai aguardar os laudos do Instituto Médico Legal de SP para ter a certeza oficial de que se trata da vítima, cujos pais já recolheram material genético no Posto Médico-Legal de Osório. Os dados do casal serão inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos onde os peritos paulistas terão então acesso para realizar a comparação.

O delegado Antônio Carlos Ractz Júnior disse que tem a convicção de que o corpo encontrado no litoral paulista é mesmo do surfista gaúcho. A prancha de surfe, no entanto, ainda não foi localizada. A distância entre Imbé e Iguape é de cerca de 700 quilômetros.

O cadáver, em avançado estado de decomposição, foi resgatado pelo Grupamento de Bombeiros Marítimo de São Paulo na quarta-feira. Como não havia registro de desaparecido no mar e nem naufrágio no litoral, o efetivo do GBMar descobriu o caso do surfista gaúcho ocorrido há dois meses. Os bombeiros paulistas realizaram contato com o 9º Batalhão de Bombeiros Militar, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, o que desencadeou toda a mobilização para a identificação oficial da vítima. O titular da DP de Imbé calculou que terá resposta nas próximas semanas pois o processo de comparação de perfis genético é demorado.

Na época do desaparecimento, as buscas dos bombeiros militares foram realizadas para a direção Sul ao invés do Norte, totalizando 2,8 mil quilômetros ao longo da orla entre a praia de Atlântida, em Xangri-Lá, e a Barra da Lagoa do Peixe, em Tavares. No entanto, as correntes marítimas em alto-mar teriam levado em sentido contrário o corpo do Rio Grande do Sul até São Paulo.


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