Manifestantes protestam no aeroporto de Brasília contra PEC 32

Manifestantes protestam no aeroporto de Brasília contra PEC 32

Intenção do grupo é abordar deputados que chegam à capital federal e pedir votos contrários

R7

Intenção do grupo é abordar deputados que chegam à capital federal e pedir votos contrários

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Cerca de 200 manifestantes protestam, na manhã desta terça-feira, no saguão de desembarque do Aeroporto Internacional de Brasília. Com faixas e cartazes, eles se posicionam contra o projeto de privatização dos Correios e contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32 na Câmara dos Deputados, que trata da Reforma Administrativa. A estimativa de público foi divulgada pela Polícia Militar.

O grupo reúne funcionários dos Correios, como também outros grupos de funcionários públicos, como integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Eles pediam ainda mais vacinas contra a Covid-19 e alimentos para a população, além de se posicionarem contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A mobilização começou por volta das 7h. Às 9h, o movimento começou a ser desmobilizado. Segundo os organizadores, a intenção do ato era "recepcionar parlamentares e exigir que votem contra o fim dos serviços públicos no Brasil".

A ação é parte da programação dos movimentos contrários à PEC. Os protestos seguem até a próxima quinta-feira. Às 15h desta terça, está prevista uma marcha até o Anexo II da Câmara. Os manifestantes querem abordar os parlamentares nos gabinetes.

Reforma administrativa

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prometeu pautar a votação da PEC 32 no plenário da Casa. O texto altera as regras do serviço público no país e foi encaminhado ao Congresso pelo presidente Bolsonaro. Para passar a valer, o texto precisa de aprovação em dois turnos na Câmara, e depois ainda segue para análise do Senado.

As novas regras valem para quem ingressar no serviço público depois da promulgação. A proposta atinge pontos sensíveis como a estabilidade do serviço público, que seria extinta. Outro aspecto é o fim das promoções automáticas, como licença-prêmio e férias de mais de 30 dias.

A matéria é alvo de críticas porque não atinge categorias como militares, juízes, membros do Ministério Público e parlamentares.


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