Pesquisa estima que 18,1% da população do Rio Grande do Sul tem anticorpos para coronavírus

Pesquisa estima que 18,1% da população do Rio Grande do Sul tem anticorpos para coronavírus

Resultados da 10ª rodada foram apresentados nesta quinta-feira

Correio do Povo

Cerca de 2 milhões de pessoas que já foram contaminadas pelo coronavírus, aponta estudo

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A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) apresentou, nesta quinta-feira, os resultados da 10ª rodada da pesquisa Epicovid-19, feita em parceria com o governo do Rio Grande do Sul. De acordo com o estudo, 18,1% da população gaúcha tem anticorpos, o que corresponde a cerca de 2 milhões de pessoas que já foram contaminadas pelo coronavírus, mesmo que de forma assintomática.

Em fevereiro, o resultado da 9ª rodada da pesquisa projetava que 10% dos gaúchos já tinham sido infectado pelo vírus. A 10ª rodada foi realizada entre os dias 9 e 12 de abril.   

O estudo também mostrou que um a cada 5,5 habitantes do Estado já foi infectado pelo coronavírus. No total, foram realizados 4.446 testes nas nove cidades que fazem parte da pesquisa – Porto Alegre, Canoas, Pelotas, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Passo Fundo, Ijuí e Uruguaiana – onde o  estudo abrangeu 31% da população gaúcha. Destes, 807 tiveram resultados positivos. 

Uruguaiana foi a cidade onde teve mais resultados positivos nesta rodada, com 104 (20,8%), seguida de Santa Maria, com 91 positivos (18,2%) e Ijuí, com 90(18%). Canoas teve 93 positivos (17,7%), e Santa Cruz do Sul, 88 (17,6%). Porto Alegre e Passo Fundo tiveram 87 (17,4%) testes positivos cada. Caxias do Sul teve 85 positivos (17%), e Pelotas, 82 (16,4%).

“Estamos longe da imunidade coletiva”

Segundo o coordenador da pesquisa e ex-reitor da UFPel, Pedro Hallal, a imunização e o distanciamento social ainda são as principais formas de defesa contra o coronavírus e que é preciso vacinar, com as duas doses, o mais rápido possível. “Ainda estamos longe da imunidade coletiva. A vacinação e as medidas de distanciamento são as únicas maneiras de controlar a disseminação do vírus e evitar o aparecimento de novas mutações", reforçou. 

O estudo incluiu novas análises sobre a cobertura de vacinação entre os participantes da amostra. Do total de 4,5 mil entrevistados, 26,1% receberam a primeira dose de vacina contra o coronavírus, e 13,2% receberam a segunda dose. As proporções de cobertura vacinal coincidem com a priorização dos grupos mais idosos da população. A primeira dose do imunizante alcançou 94,3% dos idosos com 80 anos ou mais; 66,5% dos idosos com idades entre 60 a 79 anos; 5,9% das pessoas de 40 a 59 anos e 11% das pessoas de 20 a 39 anos.

Além do governo do Estado, a pesquisa conta com apoio de doze universidades públicas e privadas. O objetivo do estudo é estimar o percentual de gaúchos infectados pela Covid-19, avaliar a velocidade de expansão da infecção e fornecer indicadores precisos para subsidiar políticas de enfrentamento da pandemia.


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