Taxa de ocupação de UTIs em Porto Alegre mantém a tendência de estabilidade, mas em patamar alto

Taxa de ocupação de UTIs em Porto Alegre mantém a tendência de estabilidade, mas em patamar alto

Na tarde desta sexta-feira, o índice era de 86,42% na capital e de 85,3% em todo o Estado

Jessica Hübler

Três hospitais operam com lotação das UTIs igual ou superior a 100% em Porto Alegre nesta segunda

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A taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em Porto Alegre, na tarde desta sexta-feira, era de 86,42%. O dado de utilização deste tipo de leito mantém a tendência de estabilidade, mas em patamar alto.

Dos 802 pacientes que estavam internados em UTIs da Capital, 386 tinham diagnóstico positivo da Covid-19 e outros 26 eram considerados suspeitos. Além disso, pelo menos 42 pacientes estavam nas emergências hospitalares aguardando por vagas nas UTIs: 25 deles com novo coronavírus e 17 com outras enfermidades.

Os hospitais da Capital ainda estavam prestando assistência com ventilação mecânica fora das UTIs a pelo menos 17 pacientes. Dos 18 hospitais monitorados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), pelo menos sete operavam com lotação das UTIs igual ou superior a 90%, sendo que um deles, o Hospital Ernesto Dornelles, estava com 122,50% de ocupação na UTI.

No Rio Grande do Sul, a taxa de ocupação das UTIs era de 85,3%. Dos 3.417 leitos disponíveis, 2.914 estavam ocupados. Com relação ao número de internações relacionadas à Covid-19 nas UTIs de todo o território gaúcho: 1.749 pacientes tinham diagnóstico positivo da doença e outros 143 apresentavam suspeita, ou seja, aguardavam resultado dos exames. O total de internações de pacientes com o novo coronavírus ou com suspeita representavam 64,92% do total.

De acordo com a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), análises de indicadores operacionais feitas no Observatório 2021 e na 6ª Nota Técnica do Observatório, mostraram que o tempo de permanência do paciente internado em instituições vinculadas à entidade localizada no Sul passou de 4 dias no primeiro trimestre de 2020 para 5,5 dias no mesmo período deste ano. Em comparação a outras regiões brasileiras, a Sul só ficou atrás da Nordeste, onde o tempo de permanência foi de 5,6 dias, no primeiro trimestre de 2021.

Além de um tempo de permanência maior, a região também registrou aumento na taxa de ocupação, passando de 66,5% no primeiro trimestre de 2020 para 72,9% no mesmo período deste ano. No ano passado, a taxa de ocupação no Sul foi de 64,84%, abaixo da média nacional de 67,59%. Analisando as saídas hospitalares, é possível verificar que, em geral, a região acompanhou a média brasileira, porém teve menos internações de pacientes com neoplasias. Em relação à faixa etária, a Sul foi a região que mais registrou saídas hospitalares de pacientes com mais de 60 anos.


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