Assassino do pai da independência de Bangladesh é executado

Assassino do pai da independência de Bangladesh é executado

Abdul Majed foi morto neste domingo após permanecer foragido por 25 anos

AFP

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O ex-oficial Abdul Majed, condenado pelo assassinato em 1975 do fundador de Bangladesh, foi executado neste domingo, depois de permanecer foragido por 25 anos, anunciaram as autoridades.

Sheikh Mujibur Rahman, pai do atual da primeira-ministra Sheikh Hasina, foi morto, juntamente com quase toda a sua família, em 15 de agosto de 1975. O massacre ocorreu três anos e meio depois de Rahman liderar a independência de Bangladesh, que antes fazia parte do Paquistão. Quando seu pai foi assassinado em 1975, Hasina estava na Europa.

Majed foi enforcado depois que seu pedido de graça presidencial foi rejeitado na maior prisão do país, em Keraniganj, ao sul de Dhaka. Ele foi preso na terça-feira passada em Daca pela polícia antiterrorismo. 

Em 1998, ele foi condenado à morte à revelia por assassinato, como vários outros militares. Cinco foram executados alguns meses depois. Majed provavelmente fugiu para a Índia em 1996 e voltou ao país em março de 2020.

Este ano, Bangladesh celebra o centenário do nascimento de Mujibur Rahman, mas as cerimônias foram reduzidas devido à pandemia de Covid-19. O processo judicial do assassinato de 1975 foi longo e o caso continua afetando a política de Bangladesh. 

Os militares que assumiram o governo do país após o assassinato recompensaram os supostos autores do crime com cargos diplomáticos. Vários foram autorizados a formar um partido político e participar das eleições da década de 1980. Uma lei de anistia impediu qualquer investigação e julgamento por 21 anos, até que o Sheikh Hasina chegou ao poder em 1996. 

Hasina acusa Ziaur Rahman, presidente desde 1977 até seu assassinato em 1981, de ter ordenado o assassinato de seu pai. A viúva de Rahman, Khaleda Zia, primeira-ministra de 1991 a 1996 e de 2001 a 2006, rechaça as acusações.

Zia, inimiga de Hasina depois de ter sido sua aliada, foi condenada por corrupção em 2018 em um julgamento, segundo ela, totalmente fraudulento.


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