Aumenta para 208 os mortos em protestos no Irã

Aumenta para 208 os mortos em protestos no Irã

Iranianos foram duramente reprimidos pelas forças policiais ao protestarem contra aumento da gasolina

AFP

Protestos em Teerã na semana passada

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Pelo menos 208 pessoas morreram na repressão ao movimento de protesto iniciado em novembro no Irã, disse a Anistia Internacional nesta segunda-feira. "O número de pessoas que se acredita terem morrido durante as manifestações no Irã que ocorreram em 15 de novembro aumentou para pelo menos 208", disse a organização com sede em Londres, que na semana passada publicou um saldo de 143 mortes.

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Os protestos começaram em novembro após anúncio da reforma do sistema de subsídios à gasolina que, segundo o governo, beneficiaria as famílias mais carentes, embora isso represente um aumento significativo de preços. Os protestos acontecem alguns meses antes das eleições legislativas programadas para fevereiro.

Desde 2018, quando os Estados Unidos mais uma vez impuseram sanções econômicas ao Irã, a economia está em recessão. O PIB iraniano caiu 4,8% em 2018 e deve cair novamente 9,5% este ano, segundo o Fundo Monetário Internacional. A inflação, causada pela queda do rial, a moeda local, é oficialmente de 40%.

A reforma que desencadeou os protestos significa que o preço da gasolina, que é altamente subsidiado, aumentará em 50%, passando de 10.000 para 15.000 riais (11 centavos de euro) nos primeiros 60 litros comprados por mês. Se esse valor for excedido, o preço do litro é multiplicado por três, chegando a 30.000 riais.


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