Cenário da pandemia deve piorar antes de melhorar, alerta OMS

Cenário da pandemia deve piorar antes de melhorar, alerta OMS

Michael Ryan ressaltou que o "segundo ano pode ser mais duro do que o primeiro"

AE

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Representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstraram preocupação com o quadro atual da pandemia, em sessão online de perguntas e respostas. A epidemiologista Marie Van Kerkhove afirmou que espera uma piora da situação em diversos países, após os feriados de fim de ano. "Precisamos seguir com restrições antes de distribuição ampla de vacinas", disse.

A médica defendeu que, para que consigam manter o lockdown, os governos devem garantir apoio à população. Sobre as novas variantes do coronavírus, ela comentou que é normal que haja mutações e que é preciso mais informações para analisá-la.

O diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, ressaltou que o "segundo ano da pandemia pode ser mais duro do que o primeiro". Ele alertou para o risco de que parte da população global fique sem acesso às vacinas, caso a tecnologia não seja compartilhada. "Todas as regiões registram avanço do vírus, com exceção do Sudeste Asiático", pontuou.

Opas alerta para relaxamento de medidas

A diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne, foi na mesma direção da OMS nesta quarta. Em entrevista coletiva, alertou para que os países da região não relaxem diante da Covid-19. Segundo ela, caso a população baixe a guarda, o ano atual pode ser pior na pandemia do que o de 2020.

Etienne enfatizou a necessidade de se manter medidas de saúde pública, como o uso de máscaras, a higiene das mãos e o distanciamento físico, a fim de controlar os contágios pela doença.

O comando da Opas informou que a Iniciativa Covax já tem comprometidas para este ano 2 bilhões de doses da vacina contra a Covid-19 para entrega aos países das Américas, mas disse que a maioria delas deve chegar apenas durante o segundo semestre deste ano.

A entidade também lembrou que há novas cepas da doença em circulação, consideradas mais contagiosas. Etienne disse que a nova variante da Covid-19 detectada inicialmente no Reino Unido já foi localizada em seis países das Américas.

 


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