"Cenas vergonhosas" em Washington, afirma Boris Johnson
Primeiro-ministro britânico fez uma publicação no Twitter após invasão no Congresso dos Estados Unidos
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O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, denunciou nesta quarta-feira "cenas vergonhosas" em Washington, após partidários do presidente Donald Trump invadirem o Congresso dos Estados Unidos, e pediu uma "transição pacífica" de poder com o democrata Joe Biden.
"Cenas vergonhosas no Congresso americano. Os Estados Unidos são os defensores da democracia em todo o mundo e agora é vital que a transferência do poder seja feita de forma pacífica e ordeira", afirmou Johnson no Twitter.
Disgraceful scenes in U.S. Congress. The United States stands for democracy around the world and it is now vital that there should be a peaceful and orderly transfer of power.
— Boris Johnson (@BorisJohnson) January 6, 2021
O Congresso dos Estados Unidos suspendeu nesta quarta-feira uma sessão destinada a certificar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais, após a invasão do Capitólio por parte de apoiadores de Donald Trump.
Os manifestantes invadiram as duas câmaras, Senado e Câmara dos Representantes, bem como a praça à frente do Capitólio, onde gás lacrimogêneo foi usado.
De acordo com um agente citado pelo Washington Post, uma mulher foi baleada dentro do edifício e evacuada em uma maca. Segundo a CNN, ela está em estado crítico. "Os Estados Unidos têm, e com razão, muito orgulho de sua democracia e nada pode justificar essas tentativas violentas de inviabilizar a transição legal de poder", criticou o chanceler britânico, Dominic Raab.
"Cenas chocantes e profundamente tristes em Washington D.C. que devem ser chamadas do que são: uma agressão deliberada à democracia por um presidente que está deixando o cargo e seus apoiadores, que estão tentando reverter uma eleição livre e legítima", condenou seu homólogo irlandês, Simon Coveney. "O mundo está de olho em vocês", acrescentou, pedindo uma "volta à calma".
O primeiro-ministro irlandês, Michael Martin, lembrou o "vínculo profundo" de seu país com os Estados Unidos, declarando que estava acompanhando os acontecimentos em Washington com "grande preocupação e consternação".