China: comissão proíbe concessão de empréstimos para especulação com commodities

China: comissão proíbe concessão de empréstimos para especulação com commodities

País tenta reduzir os efeitos de uma crise de energia que levou a blecautes pontuais

AE

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O órgão regulador do sistema bancário da China divulgou um comunicado nesta terça-feira, 5, no qual diz que a concessão de empréstimos para a especulação com preços de commodities, como carvão, aço e metais não-ferrosos está "estritamente proibida". O texto afirma ainda que a especulação com itens de luxo também será proibida.

Em comunicado, a Comissão Regulatória de Bancos e Seguros da China (CBIRC, na sigla em inglês) pede aos bancos do país, comerciais ou de fomento, que "façam o seu melhor" para financiar os setores de produção e fornecimento de energia durante o inverno e a próxima primavera.

O texto proíbe a concessão de empréstimos para a especulação com os preços de commodities como carvão e aço. Também fica proibida, de acordo com a CBIRC, a concessão de crédito para "especular com bens de consumo de alto luxo, como o Moutai  (uma marca de bebida alcoólica chinesa) e chá Pu'er (um tipo raro de chá), para evitar a expansão desordenada de capital".

Em outro ponto, o comunicado afirma que o sistema bancário chinês deverá promover um sistema de gestão de crédito que leve ao desenvolvimento sustentável do crédito ao consumo, seguindo premissas como a de conceder empréstimos com base na capacidade de pagamento dos tomadores. A Comissão criou ainda outras normas, para limitar, por exemplo, a quantidade de cartões de crédito que podem ser emitidos em nome de um único cliente.

As novas normas são divulgadas no momento em que o país tenta reduzir os efeitos de uma crise de energia que levou a blecautes pontuais em algumas regiões nas últimas semanas. Em outras áreas do país, fábricas reduziram a produção porque o preço do carvão teve forte alta, reportou o The Wall Street Journal.

Recentemente, Pequim também iniciou um cerco regulatório a empresas financeiras, como o Ant Group, dono do aplicativo Alipay, pelo que enxerga como um estímulo ao endividamento de indivíduos com baixa capacidade de pagamento.

 


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