Colômbia está em emergência ambiental por vazamento de petróleo
Escapamento iniciou há 24 dias e ainda não foi controlado pela Ecopetrol
publicidade
Entretanto, milhares barris de água, barro e petróleo alcançaram vários riachos de Santander, o que aprofundou a emergência. A mancha já alcança os 23 quilômetros de comprimento. A partir de 12 de março a situação se complicou porque "não havia contenção nem retenção (do petróleo)", disse Claudia González, diretora da Agência Nacional de Licenças Ambientais (ANLA) à Caracol Radio.
Por conta das fortes chuvas, as substâncias se misturaram com as águas dos riachos de Lizama e Caño Muerto e do rio Sogamoso. Quase 70 pessoas que habitam as margens dos riachos tiveram que ser realocadas de maneira preventiva, enquanto 1.235 mamíferos, aves e répteis foram resgatados da contaminação, segundo a Ecopetrol.
A pesca se viu seriamente atingida. "Não tenho praticamente nada para comer. A vida toda vivemos do rio e a contaminação já chegou a Magdalena", o principal rio da Colômbia, afirmou Elkin Cala, um morador da área, ao canal Uno de notícias. "A @ANLA_Col procederá a fim de impor sanções contundentes e exemplares a @ECOPETROL_SA pela falta de atualização de seus planos de contingência; esta empresa é a responsável pela licença ambiental e deve responder por sua atuação", disse Luis Murillo, ministro de Meio Ambiente, em sua conta do Twitter.
Embora ainda não tenham estabelecido as causas da fuga, o presidente da Ecopetrol, Felipe Bayón, considerou que a emergência pode ter ocorrido por "problemas de pressão" no poço, ou por atividade sísmica. A estatal colombiana espera controlar esta fuga o quanto antes, embora segundo a ANLA esta tarefa possa demorar mais duas semanas. Na zona há outros 14 poços, dos quais três já estão inativos.