Joe Biden é eleito o novo presidente dos Estados Unidos

Joe Biden é eleito o novo presidente dos Estados Unidos

Vitória na Pensilvânia foi decisiva para conquista do político democrata

Correio do Povo

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Após conquistar duas viradas nessa sexta-feira e ampliar a liderança em estados-chave, o candidato democrata Joe Biden foi eleito o novo presidente dos Estados Unidos. Os últimos resultados vindos da Pensilvânia foram decisivos para o resultado anunciado pela CNN e Fox News neste sábado. Biden é o 46º líder norte-americano e conquistou o posto com 273 votos eleitorais. 

Biden conquistou a vitória naquela que a imprensa americana chama de maior eleição da história dos Estados Unidos. O democrata, junto com a vice-presidente Kamala Harris, começou o pleito na última terça-feira batalhando pelos estados-chave na corrida presidencial. 

De quarta-feira para quinta-feira, a diferença de Biden para Trump nos estados da Pensilvânia e Geórgia começou a diminuir. A virada era iminente e aconteceu nas primeiras horas dessa sexta. A liderança na Pensilvânia foi mais custosa, mas quando aconteceu foi seguida pela construção de uma vantagem significativa.  

Com um discurso conciliatório e de união, Biden sempre manteve a confiança na conquista do mandato presidencial, mesmo com as recentes declarações de Donald Trump, que colocaram em dúvida o andamento da contagem dos votos. "Podemos ser oponentes, mas não somos inimigos. Somos americanos", escreveu no Twitter ainda nessa sexta. E, pela primeira vez na história, o país terá uma vice-presidente, Kamala Harris, de 56 anos, que também será a primeira negra a ocupar o cargo.

 

Trajetória de Biden 

Joe Biden, que foi vice-presidente de Barack Obama de 2009 a 2017, apostou que uma campanha moderada com foco no trabalhador devolveria aos democratas as chaves da Casa Branca, e a aposta claramente valeu a pena. Ele tirou de Donald Trump três estados industriais que escaparam de Hillary Clinton quatro anos atrás: Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, "o coração desta nação", disse ele na sexta-feira à noite.

No total, apesar da pandemia, a participação atingiu um recorde histórico na era moderna: cerca de 66% dos eleitores votaram, de acordo com o US Elections Project. Joe Biden obteve mais de 74 milhões de votos, ante 70 milhões de Donald Trump, no total no país.

Esse "voto popular" não tem valor no sistema eleitoral americano, mas fortalece, segundo os democratas, a legitimidade política do próximo presidente. "O presidente eleito Biden tem um mandato forte", disse a presidente democrata da Câmara, Nancy Pelosi, na sexta-feira. Mas seu poder seria muito limitado se o Senado permanecer controlado pelos republicanos. O suspense vai até o dia 5 de janeiro, data do segundo turno para senador pela Geórgia.

Donald Trump e os próximos atos

Donald Trump ainda não admitiu a derrota, e não está claro se ele continuará a contestar os resultados com base em alegadas fraudes, quando seu próprio lado já parecia resignado a quatro anos de presidência de Biden. Ele será, assim, o primeiro presidente dos EUA a ser privado de um segundo mandato desde o republicano George H. W. Bush em 1992.

Independentemente do que Donald Trump diga, a data de posse do novo presidente está inscrita na Constituição: 20 de janeiro ao meio-dia. Até lá, os estados certificarão seus resultados e os 538 delegados se reunirão em dezembro para nomear formalmente seu presidente. "As autoridades americanas são perfeitamente capazes de expulsar os intrusos da Casa Branca", comentou esta semana o porta-voz de Joe Biden, Andrew Bates.


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