Escolas e bancos fecham durante protestos no Líbano

Escolas e bancos fecham durante protestos no Líbano

Movimento denuncia corrupção da classe política e estagnação econômica

AFP

Manifestantes tentam impedir acesso de funcionários públicos ao trabalho

publicidade

Bancos e escolas ficaram fechados nesta terça-feira no Líbano, onde manifestantes tentavam impedir que funcionários públicos tivessem acesso a seus trabalhos, em um novo esforço para mobilizar os protestos contra o poder. O Líbano vive desde 17 de outubro um movimento de protestos proibido e que exige a saída de toda a classe política, considerada corrupta e incapaz de acabar com a estagnação econômica.

O primeiro-ministro Saad Hariri renunciou em 29 de outubro, mas as negociações para formar um novo governo duram desde então. Na terça-feira, dezenas de manifestantes se reuniram perto do Tribunal de Beirute para reivindicar um judiciário independente e tentaram impedir que juízes e advogados acessassem o prédio, segundo um correspondente da AFP.

Em Aley (centro), Tiro (sul) e Baalbek (leste), os manifestantes mantinham controle de várias dependências das operadoras públicas de telecomunicações, informou a mídia local. Inúmeras escolas e universidades foram fechadas, assim como os bancos, cujos funcionários convocaram uma greve geral. Os bancos reforçaram as restrições à retirada de dinheiro e às conversões em dólar, o que aumentou os temores de desvalorização da moeda.

Os estudantes, que lideram os protestos, se manifestam no final do dia, antes de um discurso do Presidente Michel Aun agendado para a tarde. O movimento de protesto libanês, que transcendeu regiões e comunidades em um país multiconfessional, mantém pressão para obter sua reivindicação de um novo governo, composto por tecnocratas, independente de partidos políticos.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895