Ex-presidente francês Sarkozy será julgado por financiamento ilegal de campanha

Ex-presidente francês Sarkozy será julgado por financiamento ilegal de campanha

Tribunal de Cassação rejeitou o último recurso do ex-presidente da França

AFP

Sarkozy será julgado pelo suposto financiamento ilegal de campanha eleitoral

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O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy será julgado pelo suposto financiamento ilegal de sua campanha eleitoral de 2012 - confirmou a Justiça nesta terça-feira. O Tribunal de Cassação, o mais alto órgão judicial da França, rejeitou o último recurso interposto pela defesa, e Sarkozy terá de ser julgado por financiamento ilegal de campanha eleitoral.

Se for considerado culpado, pode ser condenado a até um ano de prisão e a pagar uma multa de 3.750 euros. Outras 13 pessoas serão julgadas neste mesmo caso. Suspeita-se de que o ex-presidente, de 64 anos, tenha excedido o limite autorizado de 22,5 milhões de euros em despesas de campanha em março e abril de 2012, apesar dos avisos de especialistas em contabilidade.

O julgamento foi decidido em 2017, mas até agora a Justiça teve de examinar os vários recursos apresentados. O ex-chefe de Estado considerou que já havia sido punido por esses fatos pelo Conselho Constitucional em 2013, o que o forçou a devolver o valor que havia gasto em excesso. A punição não levou em consideração, porém, todas as despesas.

Elas foram expostas em 2014, quando uma investigação mostrou faturas falsas que ocultavam as quantias astronômicas gastas durante os comícios da campanha, organizados por uma agência de comunicação. O advogado do ex-presidente argumenta que a maior responsabilidade dos fatos cabe a essa agência de comunicação.

Sarkozy acabou perdendo as eleições para o candidato socialista François Hollande. Até agora, apenas um presidente da V República Francesa, Jacques Chirac, falecido na semana passada, teve de se apresentar à Justiça. Nesse caso, o ex-presidente foi condenado em 2011 a dois anos de prisão por um escândalo de emprego fantasma, quando era prefeito de Paris. Chirac nunca foi preso, nem compareceu perante o juiz por motivos de saúde.


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