Irã afirma que número de mortos em protestos é fabricado

Irã afirma que número de mortos em protestos é fabricado

Judiciário qualificou opositores como "grupos hostis"

AFP

Levantamento feito pela Anistia Internacional menciona pelo menos 161 mortos

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O Poder Judiciário do Irã chamou de "mentiras absolutas" os números de vítimas nos protestos de novembro no Irã contra o aumento da gasolina, que foram publicados, segundo Teerã, por "grupos hostis". "Anuncio explicitamente que os números e dados divulgados por grupos hostis são mentiras e que as estatísticas têm sérias divergências com o que anunciaram", disse o porta-voz do Poder Judiciário, Gholamhossein Esmaili.

"São números fabricados, são mentiras", completou. O porta-voz afirmou que as listas incluem "nomes de pessoas que estão vivas e de outras que faleceram de causas naturais". A organização Anistia Internacional divulgou na segunda-feira um balanço atualizado, que menciona pelo menos 208 mortos nos protestos no Irã. "O balanço real da repressão é aparentemente superior a 208 mortos", afirmou a ONG, ao destacar que os números são baseados em "informações confiáveis".

Em 29 de novembro, a AI anunciou um balanço de 161 mortos no Irã. As autoridades iranianas confirmaram as mortes de apenas cinco pessoas (quatro membros das forças de segurança e um civil) e mais de 500 detenções. Os protestos começaram em 15 de novembro, após o anúncio do aumento do preço da gasolina, e rapidamente atingiram várias cidades do país. As manifestações foram acompanhadas por incêndios e ataques a delegacias, postos de gasolina, centros comerciais, mesquitas e sedes de organismos públicos.


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