Irã canta "vitória" sobre Trump após Conselho de Segurança da ONU rejeitar o retorno das sanções

Irã canta "vitória" sobre Trump após Conselho de Segurança da ONU rejeitar o retorno das sanções

Em maio de 2018, presidente americano retirou unilateralmente os Estados Unidos do acordo internacional sobre energia nuclear assinado em 2015 em Viena

AFP

Em resposta à retirada americana, a partir de maio de 2019, Teerã se liberou progressivamente da maioria de seus compromissos chave assinados em Viena

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O Irã afirmou nesta quarta-feira que conquistou uma "vitória" contra os Estados Unidos, após a rejeição por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas de uma tentativa de retomar as sanções da Organização das Nações Unidas contra Teerã solicitada pela presidente Donald Trump. "A nação iraniana teve um grande sucesso político, jurídico e diplomático nas Nações Unidas. A razão desta vitória reside unicamente na adesão e resistência do povo", declarou o presidente Hassan Rohani no conselho de ministros.

"A grandeza dos Estados Unidos caiu (assim como) a hegemonia mundial de que pensava dispor", completou no discurso exibido pela televisão. Em maio de 2018, Donald Trump retirou unilateralmente os Estados Unidos do acordo internacional sobre energia nuclear assinado em 2015 em Viena. O pacto oferece a Teerã a suspensão de parte das sanções internacionais, adotadas contra o Irã devido a seu polêmico programa nuclear, em troca de garantias iranianas - verificadas pela ONU - que demonstrem que a República Islâmica do Irã não desenvolve armas nucleares.

Ao sair do pacto, Washington voltou a adotar fortes sanções econômicas contra Teerã, que levaram o país a uma nova grave recessão. Em resposta à retirada americana, a partir de maio de 2019, Teerã se liberou progressivamente da maioria de seus compromissos chave assinados em Viena.

O Irã afirma que faz isso no âmbito do acordo, mas Washington, que acusa a República Islâmica de violar o texto, iniciou uma manobra no Conselho de Segurança em agosto, com o objetivo de retomar todas as sanções das Nações Unidas contra Teerã que foram suspensas pelo acordo de Viena.

 

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