Iranianos vão às ruas comemorar acordo nuclear
Acordo impossibilita Teerã de construir bomba atômica
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"Talvez vá mudar" a situação econômica, "especialmente para os jovens", disse Giti, 42 anos, que já morou no Canadá e nos Estados Unidos e pensava em abandonar o Irã antes do acordo. "Queria partir, mas agora vou ficar e ver o que acontece". "Estamos felizes", disse exultante Parvaneh Farvadi, uma mulher de 32 anos. "Obrigado (Mohamad Javad) Zarif (chanceler iraniano). Gosto de John Kerry (secretário americano de Estado) e os dois fizeram muito por nós".
Para todos os habitantes de Teerã consultados não há dúvidas de que o acordo e a consequente suspensão das sanções internacionais provocarão um "boom" da economia iraniana e a melhoria de vida para a população.
"Tudo é como uma rede na qual todos estão conectados", declarou Ali Alizadeh, um desempregado de 42 anos, que estava no centro de Teerã quando ocorreu o anúncio. "Se uma fábrica ou uma loja de roupas como a que havia aqui antes puder reabrir, ao menos 20 pessoas terão emprego e 20 famílias poderão aproveitar da situação", acrescentou.
Irã e as grandes potências concluíram nesta terça-feira um acordo histórico que praticamente impossibilita Teerã de construir uma bomba atômica por vários anos, em troca da retirada das sanções internacionais que asfixiavam a economia do país. As sanções internacionais - adotadas desde 2006 pelos Estados Unidos, a União Europeia e a ONU - serão retiradas de maneira progressiva a partir de 2016 desde que a República Islâmica cumpra os compromissos.