May pede que Putin pare com "atos de desestabilização"

May pede que Putin pare com "atos de desestabilização"

Declaração ocorreu em primeiro encontro entre líderes desde caso Skripal

AFP

May e Putin debateram tensões bilaterais à margem do G20

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A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu nesta sexta-feira ao presidente russo, Vladimir Putin, que ponha fim a "atos de desestabilização que ameaçam o Reino Unido e seus aliados" em uma reunião bilateral à margem do G20 no Japão. Caso contrário, "não pode haver normalização nas relações bilaterais", advertiu a premiê, segundo um porta-voz de Downing Street.

Esta é a primeira reunião dos dois líderes desde o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal em 2018 em território britânico. Durante sua reunião com Putin, May disse que há "provas irrefutáveis de que a Rússia estava por trás do ataque". Apesar do tom frio do encontro, a primeira-ministra britânica disse que está "aberta à possibilidade de um relacionamento diferente, mas para isso o governo russo tem que escolher um caminho diferente".

As autoridades britânicas indicaram antes do encontro que esta reunião não significava uma normalização das relações com Moscou. "Há um entendimento sobre a necessidade de reviver essa cooperação no interesse dos empresários de ambos os países", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas nesta sexta-feira. Por sua parte, Vladimir Putin disse no início de junho que ele quer "virar a página relacionada a espiões e ataques" nas relações com Londres.

Caso Skripal

Serguei Skripal, um ex-coronel da inteligência russa condenado por espionagem em favor do Reino Unido e depois trocado com outros agentes duplos, foi encontrado inanimado em um banco público em 4 de março de 2018 em Salisbury, no sul da Inglaterra.

Londres acusa o serviço de inteligência militar russo (GRU) de ter tentado envenená-lo com a ajuda de um agente tóxico. Moscou nega qualquer responsabilidade neste caso, o que causou uma crise diplomática com a expulsão mútua de representantes. Os dois países também estão em lados opostos em outras questões, como o conflito sírio ou a crise na Ucrânia. 


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