Nova York voltará a verificar vacinas aprovadas pelo governo Trump

Nova York voltará a verificar vacinas aprovadas pelo governo Trump

Governador democrata acusa presidente Donald Trump de ter politizado a pandemia do coronavírus

AFP

Nova York voltará a verificar vacinas aprovadas pelo governo Trump

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O estado de Nova York não confia no governo Trump e voltará a verificar as vacinas contra a Covid-19 aprovadas por Washington antes de distribuir aos seus 20 milhões de habitantes, disse o governador Andrew Cuomo. O governador democrata, que acusa o presidente Donald Trump e seu governo republicano de ter politizado a pandemia de coronavírus, disse na quinta-feira que criaria uma comissão responsável por supervisionar a distribuição de vacinas. "A vacina é segura? Não vou confiar no governo federal e não a recomendaria aos nova-iorquinos com base na opinião do governo federal", disse Cuomo em uma coletiva de imprensa.

"Quando o governo federal terminar sua avaliação e disser que é segura, criaremos nossa própria comissão de avaliação (...) para que eu possa olhar para a câmera e dizer aos nova-iorquinos que podem se vacinar com total segurança". As declarações confirmam o clima de crescente desconfiança em relação às futuras vacinas nos Estados Unidos. Uma pesquisa publicada em 17 de setembro pelo Instituto Pew indicou que metade dos americanos recusariam ser vacinados se a vacina fosse disponibilizada agora, uma porcentagem que dobrou desde maio. 

Outra pesquisa publicada em 10 de setembro pela Kaiser Family Foundation apontou que 62% dos americanos se preocupam com as pressões exercidas pelo governo federal sobre a agência que homologa os medicamentos, a Food and Drug Administration (FDA), para que aprove uma vacina o quanto antes, sem garantir sua eficácia e segurança.

Trump, que busca ser reeleito em 3 de novembro, promete há várias semanas a chegada de uma vacina para enfrentar a pandemia que já deixou mais de 200.000 mortos em seu país, mais do que em qualquer outra nação do mundo. Apenas um laboratório americano, Pfizer, acredita que é possível ter uma vacina para outubro, mas a vacina não chegaria à maior parte dos americanos até abril de 2021, segundo Trump, ou até mesmo meados de 2021, de acordo com as autoridades.


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