OMS vê "sinais encorajadores" de desaceleração do coronavírus na Europa

OMS vê "sinais encorajadores" de desaceleração do coronavírus na Europa

Diretor regional europeu da Organização apontou, contudo, que situação ainda é muito grave

Correio do Povo

Um homem pulveriza desinfetante em um dos caminhões do Exército italiano, esperando para carregar caixões de vítimas do coronavírus para levá-los a crematórios

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O diretor regional europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quinta-feira que está vendo "sinais encorajadores" sobre melhoras no continente em relação à pandemia do novo coronavírus. Em entrevista coletiva, Hans Kluge reconheceu que a situação continua muito grave, mas apontou alguns indícios. "A Itália, que tem o maior número de casos na região, acaba de observar uma taxa de aumento um pouco menor, embora ainda seja muito cedo para dizer que a pandemia está chegando naquele país", disse.

A fala foi feita antes da Espanha anunciar outras 655 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas,  número está abaixo do aumento diário registrado na quarta-feira. Os números mais recentes, anunciados pelo Ministério da Saúde, elevam o total de óbitos para mais de quatro mil.

Até o momento do pronunciamento, a OMS Europa disse que até o momento mais de 220 mil casos de Covid-19 foram relatados no continente, além de 11.987 mortes. Isso significa que, globalmente, cerca de seis em cada 10 casos e sete em cada 10 mortes foram relatados na Europa, com mais de 400 mil infecções confirmadas em todo o mundo.

Como o novo coronavírus se espalhou por todo o continente, muitos países europeus adotaram medidas severas para conter o surto, incluindo a imposição de medidas de bloqueio e fechamento de empresas e fronteiras, além de limitar as reuniões públicas. Segundo Kluge, em breve, eles poderão determinar em que grau essas medidas tiveram impacto. Mas também advertiu governos e cidadãos a estarem cientes da "nova realidade" criada pela pandemia e a se prepararem para o impacto a longo prazo. "Não será uma corrida, será uma maratona", disse Kluge.

 

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