Pentágono admite erro em ataque que matou dez civis em Cabul

Pentágono admite erro em ataque que matou dez civis em Cabul

Chefe do Comando Central dos Estados Unidos, general Kenneth McKenzie afirmou que existia uma “certeza razoável” de suposta operação do Estado Islâmico no local

AFP

Secretário da Defesa dos EUA se desculpa por ataque que matou dez civis afegãos

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Os Estados Unidos admitiram terem cometido um “erro” ao lançar um ataque com drone contra supostos militantes do grupo Estado Islâmico em 29 de agosto em Cabul, no qual morreram dez civis. Segundo o jornal The New York Times, do total de vítimas, sete eram crianças. 

O chefe do Comando Central dos Estados Unidos, general Kenneth McKenzie, disse que o ataque tinha como alvo uma suposta operação do EI contra o aeroporto de Cabul sobre a qual a Inteligência americana tinha uma “certeza razoável”. 

"Ofereço minhas mais profundas condolências aos familiares dos falecidos", declarou em nota, na qual admitiu que o homem atacado era "apenas uma vítima inocente, com os demais tragicamente assassinados". "Pedimos desculpas e trabalharemos para aprender com este erro terrível", acrescentou, pouco depois de o Exército americano admitir que o ataque com drones foi um erro.

“Erro trágico”

“Nenhum exército se esforça tanto quanto o nosso para evitar baixas civis. Quando temos motivos para crer que ceifamos vidas inocentes e, se for verdade, o admitimos”, disse. 

“O ataque foi um erro trágico”, disse McKenzie aos jornalistas depois de uma investigação. No entanto, “é pouco provável que o veículo e os mortos estivessem vinculados ao grupo extremista EI-Khorasan0 ou que fossem “uma ameaça direta para as forças americanas”, declarou McKenzie, comandante das forças americanas no Afeganistão até sua retirada definitiva dos Estados Unidos. 


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