Peru adota "cerco sanitário" em Arequipa devido ao aumento de casos de Covid-19

Peru adota "cerco sanitário" em Arequipa devido ao aumento de casos de Covid-19

Suspensão do serviço de transporte aéreo e terrestre na região terá duração de 15 dias

AFP

Suspensão do serviço de transporte aéreo e terrestre na região terá duração de 15 dias

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O governo do Peru decretou neste sábado, 19, um "cerco sanitário" ao redor da região andina de Arequipa a partir de segunda-feira devido ao aumento de infecções e mortes por Covid-19.

"Providenciar a suspensão do serviço de transporte aéreo e terrestre de nacional e regional no departamento de Arequipa, pelo prazo de quinze dias", diz o decreto publicado no Diário Oficial, mas a medida havia sido antecipada pelo governo de Lima há poucos dias.

A região de Arequipa, cuja capital de mesmo nome é a segunda maior cidade do país, é um próspero centro industrial, agrícola e turístico de um milhão e meio de habitantes, localizado 1.000 km a Sudeste de Lima. Nesta área, dois casos da variante Delta (pela primeira vez encontrada na Índia) de Covid-19 foram detectados.

O ministro da Saúde, Óscar Ugarte, explicou que o "cerco epidemiológico" visa evitar que o elevado número de infecções naquela região se espalhe para outras áreas, numa altura em que os casos e mortes por Covid-19 têm vindo a diminuir após atingir números recordes quase três meses atrás. "Questionamos se essa decisão foi tomada de forma unilateral", disse o governador da região, Elmer Cáceres. "É necessário um esforço conjunto entre o Ministério da Saúde e os técnicos da Saúde de Arequipa", acrescentou.

Arequipa registrou mais de 94.000 infecções e 8.304 mortes desde o início da pandemia em março de 2020, de acordo com o Ministério da Saúde. Com 33 milhões de habitantes, o Peru registra mais de dois milhões de infecções e quase 190.000 mortes. Após ajustar seus números no final de maio, apresenta a maior mortalidade por pandemia do mundo, com 584 mortes por 100.000 habitantes.


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