Procuradoria do Peru denuncia presidente por tráfico de influência

Procuradoria do Peru denuncia presidente por tráfico de influência

José Pedro Castillo Terrones teria cometido supostas infrações na licitação de uma obra viária na região da Amazônia peruana


R7

Pedro Castillo foi o vitorioso do pleito no Peru

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O Procurador-Geral do Peru denunciou nesta sexta-feira junto ao Ministério Público da Nação o presidente Pedro Castillo pelo suposto cometimento dos crimes de patrocínio ilegal e tráfico de influência na licitação de uma obra viária na região amazônica. "O Procurador Geral do Estado, Daniel Soria, apresentou ao Ministério Público um texto no qual denuncia o presidente da República, José Pedro Castillo Terrones, pelo suposto cometimento dos crimes de patrocínio ilegal e tráfico de influência", diz um comunicado do órgão judicial. 

A denúncia se sustenta em reuniões que teriam ocorrido entre a empresária Karelim López e o mandatário. Segundo Soria, estas tinham como objetivo fazer com que Castillo intercedesse para que o consórcio Puente Tarata III ganhasse uma licitação pública para a construção de uma ponte sobre o rio Huallaga, na região amazônica de San Martín.

As reuniões teriam acontecido em uma residência no distrito de Breña, na capital Lima, segundo informou um programa dominical. O procurador explicou no comunicado uma série de fatos sobre os quais existem suspeitas de que o presidente também teria incorrido na conduta de "tráfico de influência" que está sendo investigada. 

Soria solicita à titular do Ministério Público da Nação, Zoraida Ávalos, que, uma vez aberta, a investigação não seja suspensa. O procurador sustenta que o artigo 117 da Constituição não proíbe que um presidente da República em exercício do mandato seja investigado.  

Castillo, que tomou posse em 28 de julho, venceu nas eleições presidenciais, por uma margem estreita, a direitista Keiko Fujimori, o que gerou temores em parte dos peruanos de uma mudança brusca rumo ao socialismo, após décadas de políticas liberais. Seu mandato está previsto parar terminar em 2026. 


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