Reino Unido planeja "confinamentos locais prolongados" diante de novo surto do vírus
Ministro da Saúde britânico disse que uma segunda onda é ''evitável''
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O governo britânico não descarta impor novas restrições na Inglaterra, como "confinamentos locais prolongados", diante do novo surto do novo coronavírus no inverno, informou o ministro da Saúde neste sábado. Há a possibilidade de que o vírus cause 85 mil mortes, segundo o relatório.
"Os casos estão aumentando novamente e teremos que recorrer a confinamentos locais prolongados a nível nacional. Não descartamos (a possibilidade), embora não queiramos que aconteça", explicou Matt Hancock ao The Times.
Segundo o ministro da Saúde, uma segunda onda é "evitável", mas "não é fácil". É possível que "tenhamos uma forte gripe e haja um aumento do coronavírus à medida que as pessoas passam mais tempo dentro de casa", ressaltou.
O Reino Unido, o país europeu mais atingido pela pandemia, registra cerca de 41.500 mortos e mais de 331 mil casos. Cada uma das nações, como Inglaterra e Escócia, estabelece suas próprias medidas para combater a doença.
Segundo relatório do comitê científico que assessora o governo, divulgado na noite desta sexta-feira pela BBC, a Covid-19 pode causar a morte de 85 mil pessoas no país no período entre julho de 2020 e março de 2021, "no pior dos cenários".
Esse documento, que admite a "grande incerteza" em torno dos seus dados, indica que as restrições podem ser retomadas, por exemplo ao nível dos contatos entre pessoas de famílias diferentes. As escolas, porém, permaneceriam abertas.