Twitter registrou 300 mil mensagens enganosas nas eleições dos EUA

Twitter registrou 300 mil mensagens enganosas nas eleições dos EUA

Metade dos tuites de Donald Trump foi marcada, enquanto ele acusava sem provas a eleição de ser fraudada

AFP

Joe Biden venceu na contagem de delegados

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O Twitter marcou 300 mil mensagens relacionadas com as eleições presidenciais norte-americanas como "potencialmente enganosas". Elas foram contabilizadas nas duas semanas que abrangeram a votação, o correspondente a 0,2% das postagens relacionadas com o pleito, informou a rede social nesta quinta-feira.

A empresa anunciou que as etiquetas foram emitidas entre 27 de outubro e 11 de novembro, uma semana antes e uma semana depois das eleições eleitorais de 3 de novembro, nas quais o democrata Joe Biden venceu o presidente republicano Donald Trump.

Dos 300 mil tuítes marcados, 456 foram cobertos com uma mensagem de alerta e tiveram suas ferramentas de engajamento limitadas - os usuários não puderam curtir, retuitar ou replicar as postagens, explicou Vijaya Gadde, diretora de questões jurídicas, de segurança, confiança e normas do Twitter, em uma postagem em um blog.

Ela estimou que 74% das pessoas que viram os tuítes problemáticos o fizeram depois que eles estavam marcados como enganosos ou com as mensagens de alerta, e o compartilhamento das postagens, consequentemente, caíram cerca de 29%.

Durante o período eleitoral, o Twitter postou mensagens nas páginas dos usuários americanos que foram vistas 389 milhões de vezes que "lembravam às pessoas que os resultados das eleições provavelmente atrasariam e que a votação pelo correio era segura e legítima", acrescentou Gadde.

Quase metade dos tuítes de Trump foi marcada pela plataforma nos dias que se seguiram às eleições, enquanto o presidente alegava, sem evidências, que havia vencido o pleito e que o processo tinha sido corrompido por uma fraude maciça.


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