Bombeiros militares ainda não esgotaram todos recursos nas buscas pelo menino Miguel

Bombeiros militares ainda não esgotaram todos recursos nas buscas pelo menino Miguel

Varredura na orla entre Mostardas e Torres chega ao 22º dia, mas sem êxito

Correio do Povo

Nesta quinta-feira, o drone foi novamente empregado, mas condições do mar não ajudam

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No 22º dia de buscas do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) pelo menino Miguel, de sete anos, no Litoral Norte, o coordenador da operação e comandante do Corpo de Bombeiros de Tramandaí, tenente Elísio Lucrécio, declarou que “ainda não esgotamos todos os recursos”. No entanto, ele admitiu que “vai chegar o momento que iremos parar”.

Nesta quinta-feira, o céu ensolarado da orla entre Mostardas e Torres contrastava com as condições das águas. “Mar não contribui: água turva e difícil visualização. Água muito escura dificulta as buscas aéreas”, constatou, referindo-se ao uso novamente de um drone na beira-mar. “Cor da água é a maior adversidade, não conseguimos ter visualização aérea”, enfatizou o tenente Elísio Lucrécio.

Os quatro pelotões do 9º Batalhão de Bombeiro Militar, com sedes em Tramandaí, Capão da Canoa, Torres e Cidreira, permanecem na varredura em todas as praias nas áreas de responsabilidade de cada um. Navegantes, pescadores e população em geral estão orientados sobre a comunicação de qualquer avistamento suspeito, mas sem confundir com animais mortos.

O menino Miguel foi dopado e jogado na noite de 29 de julho passado no rio Tramandaí, no limite entre Imbé e Tramandaí. A mãe da criança, de 26 anos, e a companheira dela, de 23 anos, foram presas.

A mãe está na Penitenciária Feminina de Guaíba. Já a companheira dela encontra-se recolhida no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre. Ambas foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul como autoras do crime, acusadas de tortura, homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.

A mãe já é considerada ré no processo da Justiça. No entanto, a situação da companheira dela, denunciada pelos mesmos crimes, ficará suspensa em razão da instauração do incidente de insanidade mental que está em andamento. A perícia está sendo realizada pelo IPF. A denúncia oferecida pelo MPRS foi recebida pela 1ª Vara Criminal de Tramandaí, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

 


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