Cadeia Pública de Porto Alegre reforça sistema de videomonitoramento

Cadeia Pública de Porto Alegre reforça sistema de videomonitoramento

Através de recurso do Judiciário, novas câmeras foram instaladas dentro e fora da unidade prisional

Franceli Stefani

O diretor da Cadeia Pública explica que, entre os recursos do novo sistema está o armazenamento das imagens por até 20 dias

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Ofertando mais operacionalidade e melhor controle da população carcerária, foi inaugurada nesta terça-feira uma nova sala de monitoramento na Cadeia Pública de Porto Alegre. De acordo com o diretor, tenente-coronel Carlos Magno da Silva Vieira, a ampliação da Agência Local Especial de Inteligência (Alei) só foi possível devido aos recursos provenientes da Justiça. O investimento foi de R$ 38 mil na aquisição dos equipamentos. “Ampliamos a estrutura física e conseguimos fazer um sistema de videomonitoramento com 39 câmeras”, explica. Elas estão dispostas em vários pontos não visíveis.

Magno detalha que cada uma das unidades tem a possibilidade de aproximação do fato a ser observado. Os aparelhos estão localizados na área externa e interna da cadeia. “Temos uma visão de 360 graus, com isso melhorou a capacidade da equipe de inteligência para fazer um levantamento das ações prisionais. Não só em nível de cadeia, mas Estado. Temos dado apoio para outras unidades, além da Brigada Militar, Polícia Civil e órgãos de segurança num todo.”

Antes do projeto ser apresentado para a Vara de Execuções Penais e Penas Alternativas, a sala tinha 30m² e havia sete câmeras instaladas na unidade. Hoje o espaço físico passou para 75m². “Tivemos colaboradores para a ampliação estrutura, através de pessoas que doaram materiais de construção. No caso dos aparelhos, a mão de obra foi nossa, através de policiais que tem especialização na instalação, manutenção e controle deles. Nos facilitou porque não precisamos custear isso”, expressa. O novo sistema possibilita o armazenamento das imagens captadas por até 20 dias, com maior definição, o que ajuda na identificação dos presos que venham a cometer eventuais transgressões disciplinares. “É um acréscimo de segurança notável. Aliamos as ações da Brigada Militar dentro da cadeia com a tecnologia, são câmeras que têm a mesma leitura pelo dia e a noite. A partir desse suporte consegue atender demandas do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, órgãos fiscalizadores, para questões que ocorrem aqui dentro.”

Na Alei funciona a seção de inteligência, há espaço de análise e reconhecimento de situações que ocorrem no sistema prisional. “Hoje temos um grande quantitativo de presos e precisamos de uma inteligência bem estruturada. No setor fazemos o levantamento de informações, pelas imagens e materiais apreendidos vamos tentar descobrir de que maneira os ilícitos, principalmente, chegam até o local.” No espaço há um mapeamento de presos e lideranças que, em tese, possam ter alguma influência na estrutura do crime. Os equipamentos já contribuem para a redução do lançamento de objetos, drogas e outros itens por intermédio de drones que sobrevoam a cadeia. Pelas imagens os policiais já conseguiram interceptar arremessos de drogas e celulares.


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