Facção criminosa é alvo de operação da Polícia Civil deflagrada em Viamão

Facção criminosa é alvo de operação da Polícia Civil deflagrada em Viamão

Célula da organização controlava 70% do tráfico de drogas na cidade e faturava entre R$ 50 mil e R$ 80 mil por dia

Correio do Povo

Mais de 130 agentes cumpriram 52 ordens judiciais na cidade e em dois presídios

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Uma célula da facção criminosa Os Manos, responsável por cerca de 70% do tráfico de drogas em Viamão, foi alvo ao amanhecer desta quinta-feira da Polícia Civil (PC). Por dia, a organização do narcotráfico lucrava entre R$ 50 mil e R$ 80 mil com a comercialização de entorpecentes, segundo a PC. As ordens partiam de dentro do sistema prisional.

A operação Germanus foi deflagrada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Viamão, sob comando do delegado Eduardo Limberger do Amaral. Segundo ele, uma rede de 16 pontos de venda foi montada na cidade, sendo que cada uma faturava diariamente entre R$ 3 mil e R$ 5 mil.

As bocas de fumo mapeadas pelos policiais civis ficavam nos bairros São Lucas (principal reduto da célula da facção), Santo Onofre, Viamópolis e Jardim Krahe, além da invasão da Martinica.

Houve a prisão de 19 traficantes durante o cumprimento de 52 ordens judiciais, entre mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. Um efetivo de 132 policiais civis em 33 viaturas, com apoio aéreo do helicóptero da Polícia Civil, foram mobilizados.

Os mandados judiciais foram executados em Viamão, mas também na Cadeia Pública de Porto Alegre e na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas. Durante a ação, os agentes da Draco recolheram drogas, balanças de precisão e telefones celulares.

Durante as investigações realizadas desde janeiro deste ano, os policiais civis prenderam 42 criminosos e recolheram mais de 3,4 mil porções de drogas e seis armas de fogo.

Conforme a equipe da Draco de Viamão, os criminosos praticavam também os crimes de tortura, porte ilegal de arma de fogo e esbulho possessório. Uma moradora do bairro Jardim Krahe, por exemplo, teve sua residência tomada à força pelos traficantes que transformaram o local em ponto de venda de drogas.

O trabalho investigativo começou quando um traficante de menor escalão perdeu uma certa quantidade de drogas e, com dívida contraída, foi torturado com disparos de arma de fogo e espancamento pelo próprio grupo.


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