Jairinho completa um ano na cadeia após ter prisão mantida pela Justiça

Jairinho completa um ano na cadeia após ter prisão mantida pela Justiça

Acusado pelo homicídio qualificado do enteado Henry Borel, de 4 anos, ele foi o primeiro vereador do Rio a perder o cargo

R7

Dr. Jairinho não manifestou emoção durante a primeira noite na prisão

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A prisão de Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, completou um ano nesta sexta-feira, dois dias após a Justiça decidir pela manutenção do cárcere do ex-vereador na última terça. Ele é acusado pelo homicídio qualificado do enteado Henry Borel, de 4 anos, morto no dia 8 de março do ano passado.

Na terça, a juíza Elizabeth Machado Louro, do 2º Tribunal do Júri da Capital, manteve a prisão preventiva de Jairinho, considerando que os argumentos utilizados pela defesa do ex-vereador para a revogação da prisão já foram analisados em outros momentos do processo, inclusive por instâncias superiores.

Na mesma determinação, a magistrada substituiu a prisão preventiva de Monique Medeiros, mãe de Henry e ré no mesmo processo de Jairinho, por domiciliar com monitoramento eletrônico. O Ministério Público entrou com um recurso nesta sexta contra a decisão. A defesa de Jairinho declarou, em nota, que a medida a favor de Monique representou uma "vitória", já que os advogados sustentam que ambos são inocentes, e que a decisão deveria se estender ao ex-vereador.

Relembre o caso

Jairinho e Monique foram presos um mês após a morte de Henry, no dia 8 de abril de 2021, suspeitos de atrapalhar as investigações do caso. Em maio, o então parlamentar e a professora se tornaram réus pela morte do menino. No mês seguinte, ele foi cassado e se tornou o primeiro vereador do Rio a perder o cargo. 

Em audiência realizada pela Justiça do Rio no dia 9 de fevereiro, Jairinho falou rapidamente e afirmou nunca ter encostado em "um fio de cabelo" de Henry. A defesa adiou o interrogatório, alegando precisar de mais provas, como as imagens de câmeras do hospital onde o menino morreu, além de exames. Os advogados solicitaram, também, a troca da juíza do caso, o que foi negado por desembargadores. Ainda não há data prevista para a próxima audiência.

Outras denúncias

No curso das investigações da morte de Henry, Jairinho foi acusado de ter torturado outras duas crianças, filhos de ex-namoradas. O ex-vereador se tornou réu pela agressão de um menino de três anos, após denúncias de que ele teria sufocado e pisoteado a criança.  

Jairinho responde, também, pela tortura da filha de outra ex-namorada, que teria ocorrido entre 2011 e 2012, quando a menina tinha quatro anos. Em novembro do ano passado, ele se tornou réu mais uma vez, por violência sexual contra uma ex-namorada. O ex-parlamentar nega as acusações.


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