Pornografia infantil é alvo de investigação da Polícia Civil em Uruguaiana

Pornografia infantil é alvo de investigação da Polícia Civil em Uruguaiana

Seis ordens judiciais foram cumpridas em vários bairros e uma instituição federal de ensino

Correio do Povo

Houve a apreensão de telefones celulares, mídias, computadores e outros dispositivos eletrônicos

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A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira a operação Black Mirror com o objetivo de investigar e combater a pornografia infantil e a chantagem por aplicativos de mensagens em Uruguaiana. Três flagrantes foram efetuados na ação, sendo dois homens e um adolescente por armazenamento de material com conteúdo pedófilo.

A coordenação foi da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), sob comando do delegado Vinicius Nahan. Houve o cumprimento de seis ordens judiciais de busca e apreensão contra os investigados em vários bairros da cidade. Os agentes recolheram telefones celulares, mídias, computadores e outros dispositivos eletrônicos, que serão agora examinados.

Um dos alvos dos mandados judiciais foi uma instituição federal de ensino onde estuda o menor de idade. Segundo os policiais civis, o aluno é suspeito de consumir pornografia infantil. Em maio desse ano, dezenas de alunos e professores receberam um e-mail com imagens denunciando-o por ele ter baixado material de pedofilia.

Conforme os agentes da DPCA, o adolescente alegou que foi induzido por uma hacker a acessar a deep web e baixar as mídias, sendo extorquido posteriormente a dar dinheiro para não ser denunciado. Após realização de diligências, o setor de investigação conseguiu descobrir a identidade do hacker, sendo este também alvo da operação.

Suspeitos que entraram em contato com adolescentes e após iniciarem uma conversa pedem fotos íntimas para as vítimas também estão sendo investigados. Após receberem as fotos, os suspeitos passam a chantagear as vítimas de diversas formas, até mesmo pedindo mais fotos, sob ameaças das fotos serem divulgadas na internet e para familiares.

Um deles consta em três inquéritos policiais com vítimas diferentes. Em todos, ele teria recebido nudes das adolescentes e chantageado em seguida. Além disso, o suspeito utilizava o chamado “whatsapp fake”, isto é, uma conta no aplicativo que é criada com um número de telefone falso para dificultar o rastreamento.  

 


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