Bolsonaro alfineta Moro e diz que país tem bom ministro da Justiça

Bolsonaro alfineta Moro e diz que país tem bom ministro da Justiça

Presidente faz a declaração um dia após depor à PF no inquérito que apura acusações do ex-ministro Sergio Moro

R7

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O presidente Jair Bolsonaro declarou na tarde desta sexta-feira que, agora, o governo federal tem um bom ministro da Justiça e Segurança Pública, diferentemente do passado. 

A declaração, durante evento de entrega da ampliação do sistema de abastecimento de água em Ponta Grossa, no Paraná, ocorre um dia após Bolsonaro prestar depoimento à Polícia Federal no inquérito que apura sua suposta interferência no órgão, conforme acusou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. 

No depoimento, Bolsonaro afirmou que Moro sugeriu aceitar a mudança, pedida pelo presidente, do então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, em troca de uma indicação de Bolsonaro para que ele ocupasse uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). 

O presidente negou que tenha interferido politicamente na Polícia Federal. Disse que decidiu mudar Valeixo por ter essa prerrogativa como presidente da República e por “falta de interlocução” com o antigo diretor-geral. Após o depoimento de Bolsonaro, Moro negou que tenha pedido uma cadeira no STF. “Não troco princípios por cargos”, declarou após depoimento de Bolsonaro. 

Bolsonaro cita possível filiação ao PP 

No evento desta sexta-feira, Bolsonaro voltou a dizer que está “solteiro”, numa referência a não ser filiado neste momento a nenhuma legenda política. Ele mencionou que o PP (Progressistas) é uma das siglas interessadas em sua filiação. “Eu estou sem partido, estou solteiro, por enquanto”, brincou. “Tem três entidades que querem casar comigo. Uma é o PP do (deputado federal) Ricardo Barros”, declarou. 

Bolsonaro viajou ao Paraná na companhia do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), eleito por aquele estado. 

Em discurso, Bolsonaro também voltou a criticar manifestantes que protestaram contra ele na Itália. Disse que os movimentos no exterior eram de brasileiros “bancados por alguém”, sugerindo que havia interesse político em criticá-lo. “Comecei a sair pelos fundos. Por que sair para enfrentar os histéricos, juntamente com parte da mídia, também histérica?”, perguntou o presidente. 


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