CPI ouve presidente de instituto que aproximou Davati e ministério

CPI ouve presidente de instituto que aproximou Davati e ministério

Coronel da reserva Helcio Bruno, que comanda o Força Brasil, obteve habeas corpus que permite que ele fique em silêncio

R7

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A CPI da Covid, do Senado Federal, recebe nesta terça-feira (10), a partir das 9h30min, mais um militar supostamente envolvido na negociação de vacinas com o Ministério da Saúde. O coronel da reserva da Aeronáutica Helcio Bruno de Almeida, presidente da ONG Instituto Força Brasil, teria aproximado integrantes da pasta com representantes da empresa Davati Medical Supply.

Almeida obteve nesta segunda-feira um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite que ele fique em silêncio para não responder às perguntas que possam incriminá-lo.

O requerimento é do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão parlamentar de inquérito. Ele lembra que, em depoimento ao colegiado, representantes da Davati no Brasil disseram que o presidente do Instituto Força Brasil intermediou um encontro entre eles e o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Elcio Franco. Na ocasião, discutiu-se a compra de 400 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca.

O nome de Helcio Bruno foi citado pelo cabo Luiz Paulo Dominghetti, representante da empresa. O policial militar de Minas Gerais denunciou que, ao negociar a entrega dos imunizantes com o diretor de logística da pasta, Roberto Dias, foi avisado que seria necessário pagar US$ 1 por dose como propina.

A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada por Dominguetti na CPI da Covid em 1º de julho. O pedido teria ocorrido em um restaurante de Brasília em 25 de fevereiro de 2021.

O encontro promovido por Helcio Bruno no Ministério da Saúde teria ocorrido no dia 12 de março deste ano, com a participação do reverendo Amilton Gomes de Paula, da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), que depôs na última semana à CPI.

A ONG, representada pelo depoente, também já estava sob análise na CPMI das Fake News, segundo Randolfe. Em declarações recentes, o senador classificou o Instituto como "negacionista e bolsonarista" e disse que o Força Brasil divulgava notícias falsas contra integrantes da CPI.


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