Em motociata, Bolsonaro defende privatização da Petrobras

Em motociata, Bolsonaro defende privatização da Petrobras

Discurso foi transmitido pelo perfil do presidente nas redes sociais. Bolsonaro falou também da CPI da Covid e da PEC dos Precatórios


R7

Bolsonaro falou também da CPI da Covid e da PEC dos Precatórios

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Em um discurso na manhã deste sábado, dirigido a policiais rodoviários no Paraná, o presidente Jair Bolsonaro reiterou a intenção de privatizar a Petrobras. Ele também criticou a atuação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado. A comissão sugeriu no mês passado o indiciamento do presidente em nove crimes na condução da crise sanitária. O discurso foi logo após a motociata em Ponta Grossa (PR). 

Bolsonaro falou também das eleições em 2022 e sobre a votação da (PEC) Proposta de Emenda à Constituição 23/2021, que posterga o pagamento dos precatórios do governo a cidadãos e empresas. Sem máscara e sob gritos de "mito", o presidente discursou ao lado do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR). O evento foi transmitido pelo perfil do presidente nas redes sociais.

Economia

"Sabemos da inflação, aumento de combustível, sabemos que a Petrobras é independente, infelizmente. Vamos buscar, de aguma maneira, de nossa parte, ficar livres da Petrobras, e quem sabe partir para a privatização", afirmou o presidente.

O chefe do Executivo lembrou ainda Da votação no Congresso Nacional da PEC dos Precatórios, cujo texto foi aprovado em primeiro turno na Câmara dos Deputados nesta semana. A matéria será analisada novamente, em segundo turno no plenário da Câmara antes de seguir para o Senado. O projeto amplia o orçamento do govero federal para 2022 em R$ 89,1 bilhões. A manobra articulada pelo Executivo dribla o teto de gastos e assegura uma fonte de recursos para o pagamento do Auxílio Brasil, o novo benefício social que vai substituir o Bolsa Família.

"Agora está na hora de agir. Estamos votando a tal da PEC dos Precatórios para fazer com o que o nosso orçamento funcione no ano que vem, para dobrar o Bolsa Família, porque estamos vivendo uma inflação de alimentos. Inflação de combustíveis. Estamos pagando a conta, do que eu não apoiei, do 'fique em casa, a economia a gente vê depois'. Estamos fazendo o possível", alegou Bolsonaro. 

CPI da Covid

No discurso, Bolsonaro aproveitou para criticar a CPI da Covid. O relatório final da comissão foi aprovado pelo colegiado no final de outubro, após seis meses de trabalhos, e sugere o indiciamento do presidente por nove crimes, como charlatanismo, epidemia com resultado de morte e crime contra a humanidade, o que possibilita o envio do documento ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, na Holanda.

A CPI apontou que Bolsonaro sabia das tratativas ilegais para a compra de doses da vacina Covaxin, fabricada pela farmacêutica indiana Bharat Biotech, por intermédio da Precisa Medicamentos, mas não tomou providências ao ser alertado pelo deputado federal Luis Miranda  (DEM-DF) e o irmão dele, ex-servidor do Ministério da Saúde, Ricardo Miranda, e portanto, teria prevaricado.

"A única revelação bombástica do Omar Aziz que era presidente da CPI: 'Temos um presidente que é motoqueiro'. Aquela cara de capivara me chamando de motoqueiro. Me acusou como se eu fosse ficar indignado. Pode falar motoqueiro, ou motociclista, eu sei o que é liberdade em duas rodas", ironizou o presidente. "Na hora de pedir uma pizza, ele liga para o motoqueiro", acrescentou.

Eleições

Por fim, Bolsonaro ainda reforçou que o Poder Judiciário precisa passar por uma renovação, e que caberá ao próximo presidente eleito em 2022 indicar dois ministros para o STF (Supremo Tribunal Federal). "Vamos oxigenando. Nós não podemos ficar eternamente no poder, isso não é bom. O meu limite são oito anos".


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