Macron confirma Elisabeth Borne como primeira-ministra da França

Macron confirma Elisabeth Borne como primeira-ministra da França

Escolhida terá missão de formar governo em meio a derrotas eleitorais do presidente

AFP

Elisabeth Borne deverá definir planos para o governo

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O presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou neste sábado Elisabeth Borne como primeira-ministra, cujo destino foi objeto de especulação desde que o partido presidencial perdeu sua maioria legislativa nas eleições de 19 de junho. Em entrevista à AFP, Macron indicou que "decidiu confirmar (sua) confiança em Elisabeth Borne", a quem pediu para refletir sobre um "novo governo de ação" para o início de julho, em seu segundo mandato.

O presidente francês disse que lhe pediu para sondar os grupos políticos na Assembleia Nacional na próxima semana sobre um "acordo de governo", incluindo a participação dos partidos em um governo, sua posição sobre um voto de confiança contra Borne em 5 de julho, e também na votação do orçamento do Estado no próximo outono. "No meu retorno (das cúpulas) do G7 e da Otan (que vão até quinta-feira), a primeira-ministra me apresentará propostas de rota para o governo da França nos próximos meses e anos, e também para a composição de um novo governo de ação ao serviço da França que lançaremos nos primeiros dias de julho", acrescentou.

Representantes de forças políticas dispostas a cooperar com a maioria poderiam se juntar a este governo. No entanto, Macron ressaltou que esses debates ocorrerão dentro do "quadro do projeto presidencial e da maioria presidencial, que pode ser modificado ou enriquecido". O limite das negociações é o aumento de "impostos ou da dívida".

Apesar do revés nas eleições legislativas, Macron não desistiu da reforma da Previdência, que foi deixada de lado com o início da pandemia. A reforma "visa trabalhar mais tempo como todos os nossos vizinhos, tendo em conta as condições de trabalho e, portanto, os padrões de dificuldade, tendo em conta as longas carreiras", disse. Juntamente com a reforma para o pleno emprego, são "as duas grandes reformas que devemos realizar em concertação, sem totens nem tabus, mas mantendo um rumo de ambição".


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