Analista projeta aumento de até 7% no preço médio do leite em 2018
Especialistas recomendam mais esforço para melhoria da produtividade do rebanho
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Para o segundo semestre, Carvalho diz que é mais difícil fazer uma projeção, já que, historicamente, há elevação da oferta de leite. “Mas, se o consumo estiver indo bem, podemos ter uma aterrizagem suave nos preços, no segundo semestre”, estima. A projeção, no entanto, é “frustrante” na opinião do secretário-geral da Fetag/RS, Pedrinho Signori. “A estimativa de recuperação é muito baixa perto da queda da renda de quase 20% que o produtor de leite teve no ano passado”, disse Signori.
Na análise do consultor técnico em bovinocultura de leite em São Paulo, Renato Nogueira, antes de pensar em preço, o produtor tem que almejar a melhoria de produtividade de suas vacas. “O preço não determina resultado financeiro”, avisou. Nogueira defende que, independentemente do sistema de produção que o produtor irá optar – confinamento ou a pasto – ele deve buscar apoiar-se em assistência técnica e pensar no conforto dos animais para produzir mais.
“O produtor tem que fazer o básico, o simples, mas bem feito, prestando atenção nos detalhes”, recomendou. Durante o fórum, dois produtores – Augusto Hoffstaedter e Valdir Jacoby – relataram experiências em confinamento e em pastagens. Ambos conseguiram uma média diária de 34 litros por vaca em 2017 e, apesar da crise, obtiveram margem líquida de lucro de 19,1% e de 36%, respectivamente.
O pesquisador e consultor agropecuário, Wagner Beskow, alertou os produtores que grande parte da eficiência está ligada à dieta do plantel. Para ele, mais do que priorizar melhoria genética e sanidade animal, o produtor precisa oferecer ao rebanho alimento de qualidade, corrigir possíveis falhas no manejo no pastoreio, adubar bem suas pastagens, ter boa disponibilidade de água para os animais.