Produtores de soja esperam mais uma grande safra

Produtores de soja esperam mais uma grande safra

Números da Emater devem confirmar colheira maior que a esperada, graças ao clima e investimentos

Correio do Povo

Agricultores do Norte do RS já constataram boa produtividade do grão

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O anúncio do desempenho da safra 2016/2017, que será feito amanhã, durante a Expodireto, pela Emater, é aguardado com expectativa pelas lideranças do setor, especialmente aquelas que têm vinculações com a soja. Quando a lavoura foi plantada, a previsão era de uma produção menor que as 16 milhões de toneladas do ciclo passado. Mas agora o cenário é outro e o volume deve superar tal referência. O fenômeno La Niña não teve a intensidade que se temia, o que possibilitou um clima favorável à cultura na maior parte das regiões. Além disso, os produtores não pouparam investimentos em insumos e tecnologias. 

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“Estamos numa condição muito boa. O produtor fez bem a lavoura e as condições ambientais foram favoráveis. Não tivemos dificuldades de pragas ou doenças”, avalia o agrônomo Alencar Rugeri, da Emater. Até o momento, segundo a Emater, apenas 6% da plantação de soja foi colhida. Os trabalhos já começaram na região do Alto Uruguai. Algumas lavouras, segundo Rugeri, apresentam rendimento superior a 80 sacas por hectare. Na região Central, a lavoura ainda se encontra em fase de enchimento de grãos.

A tendência é de que a colheita se intensifique a partir da próxima semana. “A grande preocupação que se tinha era com os efeitos do La Niña, só que para nós foi bom, com chuvas nos momentos importantes”, comemora o presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Jorge Rodrigues, que acredita em safra recorde. De agora em diante, o ideal, segundo ele, é a ocorrência de uma chuva por semana, com volume de 20 milímetros. Rodrigues observa que em situações pontuais houve perdas pelo excesso de umidade, na região Sul. 

Próximo ao Parque da Expodireto, em Carazinho, as colheitadeiras devem intensificar os trabalhos nas lavouras durante esta semana. Segundo o vice-presidente do Sindicato Rural, Paulo Vargas, o clima foi um grande aliado dos produtores. “Em dezembro houve muitos dias quentes e secos, as chuvas voltaram à normalidade em janeiro e fevereiro, que é quando a soja está em floração e enchimento de grão”, observa. Ainda não há uma estimativa com relação à produtividade no município.

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