Mais de 6,5 mil pessoas visitaram a Expointer nesta segunda-feira

Mais de 6,5 mil pessoas visitaram a Expointer nesta segunda-feira

Mesmo com números baixos, expositores comemoram o retorno do público ao parque

Patrícia Feiten

Movimento na 44ª Expointer

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O tempo colaborou para levar visitantes nesta segunda-feira ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, onde ocorre a 44a Expointer, na expectativa de conferir novidades em máquinas e implementos agrícolas, comprar produtos de pequenas agroindústrias ou apenas ver os grandes protagonistas da feira – bovinos, ovinos, caprinos, equinos de prova e pequenos animais de inúmeras raças. No primeiro dia da semana, o evento teve 6.507 ingressos vendidos até as 16h30min – a visitação é limitada a 15 mil pessoas por dia, devido às restrições sanitárias.

Para os expositores, a semana começou com saldo positivo em vendas e contatos. A coordenadora técnica do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan), Marlei Pranke, disse que a participação na Expointer tem ajudado a captar interessados em iniciar o plantio da noz-pecã no Estado com o apoio da entidade, hoje com 60 sócios-produtores, sendo a maioria no Rio Grande do Sul. De olho no mercado externo, o instituto desenvolve projetos em parceria com instituições de pesquisa para melhorar a qualidade do produto brasileiro. “Temos hoje 10 mil hectares de nogueira plantados na Região Sul, sendo 4,5 mil em produção e o restante pomares jovens. Hoje temos concorrência com a noz chilena, então temos um mercado grande para trabalhar, inclusive com essa procura por produtos mais saudáveis”, destacou Marlei.

Responsável dos estandes mais movimentados do Pavilhão Internacional da feira, o comerciante peruano Gregorio Reymundo veio de Arequipa para expor mais de cem tipos de artigos, como blusões feitos com lã de alpaca e “palas” de lã de lhama, além de souvenirs como niqueleiras com estampas típicas do país latino-americano. “Sempre participo, só no ano passado não deu para vir pelo problema da pandemia. As vendas estão um pouco devagar em comparação a outros anos, o que já era previsto”, comentou. Mas, para Reymundo, a presença na Expointer não se resume em vendas: promover a cultura e as tradições da terra natal. “Muitas pessoas gostariam de ir ao Peru e nós trouxemos um pouquinho do Peru”, disse.

Moradora de Santiago, Daiane Saucedo foi a Esteio com a família para conferir as novidades da feira, como fazia todos os anos antes da pandemia. Ontem, ela circulava pelo parque com a pequena Emily, de dois meses, que não se incomodava com o barulho ao redor. Entre os principais atrativos da Expointer, Daiane destacou o pavilhão do gado leiteiro e a exposição de máquinas agrícolas. “Está maravilhoso. Temos propriedade no interior, plantamos soja, milho e também trabalhamos com gado, então venho para ver as novidades”, disse.


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