Municípios buscam solução para ataques de cães a rebanhos de ovinos

Municípios buscam solução para ataques de cães a rebanhos de ovinos

Tema será pauta de debate nesta quarta-feira na Expointer

Franceli Stefani

Ataque de cães selvagens aos rebanhos tem causado prejuízos em diversos municípios gaúchos

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Os constantes ataques de cães a rebanhos de ovinos no Estado estará em debate na Expointer. Nesta quarta-feira, das 9h30 às 11h30, na Pista B do Parque Exposições Assis Brasil, a Frente Parlamentar pelo Fortalecimento da Ovinocultura promove debate sobre os desafios para a produção.

Coordenado pelo deputado estadual Luiz Henrique Viana (PSDB), o evento contará com a participação do secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, e do comandante do 34º Batalhão de Polícia Militar de Esteio, major André Luiz Stein.

De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Criadores de Corriedale, Cristina Soares Ribeiro, oito municípios gaúchos sofrem com os ataques de cães aos seus rebanhos. Os municípios de Pedras Altas, Herval, Jaguarão, Arroio Grande, Encruzilha do Sul, Uruguaiana, Alegrete e Santa Vitória do Palmar se uniram para buscar uma solução para a situação que afeta os produtores.

Entre os principais objetivos está a luta para que esse tipo de ataque seja disposto em uma legislação, para que os tutores dos cães possam ser responsabilizados em casos de ataques.

As associações de outros criadores, assim como a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) e Farsul, também se engajaram na batalha. “Há alguns anos eram raros os ataques, mas agora está demais. Parece que está ocorrendo um descontrole nas periferias das cidades, no campo e nos vilarejos”, acredita Cristina.

A pecuarista ressalta que uma cadela pode ter, em média, 10 filhotes, muitos deles são doados e há famílias que não conseguem mantê-los. “O que acontece? Ele se torna asselvajado, começa a brincar com as ovelhas em campo, mais para frente acaba matando por fome. É um grande problema”, reforçou.

Durante a Expointer, faixas foram dispostas no galpão de ovinos para chamar atenção para o problema. “É fundamental que o pecuarista registre o boletim de ocorrência para que as autoridades da segurança pública tomem conhecimento do que está acontecendo”, reforça. A Polícia Civil acompanha as queixas dos produtores e reforça que é fundamental fazer o registro.


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