Pavilhão da Agricultura Familiar tem menor movimento que em outros anos, mas saldo é positivo

Pavilhão da Agricultura Familiar tem menor movimento que em outros anos, mas saldo é positivo

Nos primeiros três dias de feira, foram comercializados 750 mil reais

Eduardo Andrejew

Pavilhão da Agricultura Familiar na 44ª Expointer

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Segundo dados da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), a Feira da Agricultura Familiar, na 44ª Expointer, comercializou nos primeiros três dias um total de R$ 758.192,14. O vice-presidente da Fetag, Eugênio Zanetti analisa que o volume de vendas vem sendo positivo, no contexto da retomada da Expointer com público. “Não é o movimento de uma Expointer normal, mas com todas as restrições em virtude da pandemia, o público se fez presente”, disse.

O movimento no Pavilhão da Agricultura Familiar, está dividindo a opinião dos expositores. Alguns estão bastante animados com os primeiros dias de feira e até surpresos com a boa procura. Porém, outros avaliam que as vendas estão muito baixas. Os fatores determinantes são o cenário de pandemia e os cuidados sanitários para permitir a reabertura da feira aos visitantes. Everson Gabriel Ruppenthal, da Laticínios Rupphenthal, de Gramado, está até surpreso com a procura. “No final de semana e ontem (segunda-feira) foi muito bom, a gente sabia que seria menor que antes, mas não dá para se queixar”, disse. Ele afirma que só nos três primeiros dias acabou faturando R$ 3,5mil. Ana Paula Coldebella e Raquel Pellegrini, da Casa do Sabor, de Paraí, também estavam satisfeitas com as vendas de seus produtos, geleias e sucos. “Está superando as expectativas e segunda-feira foi o melhor dia”, afirmou Ana Paula. Raquel Pellegrini, por sua vez, calcula que a procura está equivalendo a 70% do que em outros anos.

Para Ademir Bruismann, da agroindústria Genesio Hammer, especializada em embutidos, o movimento estava no meio termo. “Mais ou menos, mas está dentro das minhas expectativas, já faturei quase R$ 3 mil”, explicou. Luís Antônio Zanchetta, do estande Mel da Longevidade, tem uma avaliação semelhante. Para ele, o melhor dia foi domingo. “Mas isso aí faz parte, depende do público”, opinou. No caso de Sandro Vicentini, de Bento Gonçalves, a situação está menos animadora. Ele está no estande Vinhos Porão do Vale. “As vendas estão bem fracas, pois falta a degustação. E a degustação é a alma do negócio explica”, explica. Vicentini diz basicamente que só está vendendo para quem já conhece os produtos.

Os visitantes que passavam pelos estandes estavam satisfeitos. Silvana Gayer, de Santa Maria já havia comprado alimentos e produtos artesanais. “A oferta está maravilhosa e os preços estão ótimos”, elogiou. O casal Valtoir Francisco e Maiara Francisco, de São Leopoldo, costuma vir em todas as feiras. Já procuram por seus produtos favoritos, mas sempre querem conhecer novidades. “A feira está dentro do esperado, a gente entende o momento”, explicou o Valtoir. O produtor rural Roberson Barcelos, de São Martinho da Serra, aproveitou a manhã de terça-feira, para fazer o seu “ranchinho”. Comprou cuca, café e estava procurando um bom queijo. “Estou gostando bastante dos produtos, pena que não dá para fazer degustação”, comentou.

Eugênio Zanetti explica que, apesar das limitações, é importante seguir os protocolos. “Alguns segmentos estão sendo prejudicados por não ter a degustação, mas não adianta, este ano é um ano de retomada e é por isso que é importante a gente seguir toda a orientação e que a população enxergue que com a Expointer é possível a gente retomar os grandes eventos com segurança”, argumentou.


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