A um mês do início das aulas, escola de Gravataí segue com prédios interditados

A um mês do início das aulas, escola de Gravataí segue com prédios interditados

Direção e pais dos alunos aguardam pelas obras em três das quatro instalações

Fernanda Bassôa

Nesta sexta-feira ocorre o primeiro evento de 2020 pelo 80º aniversário e para a campanha “Tuiuti Precisa de Ti”

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No ano em que a Escola Estadual Tuiuti de Gravataí completa 80 anos, a direção e os pais das crianças convivem com a incerteza de quando vão começar as obras de três prédios interditados desde novembro passado. As aulas se iniciam na primeira semana de março.

A reforma da quarta edificação do colégio, cujo forro desabou, foi entregue em janeiro. Esse prédio tem apenas quatro salas, cada uma com capacidade para 35 alunos. Atualmente, a escola tem 1,2 mil estudantes matriculados, nos níveis fundamental, médio e técnico, e 80 profissionais.

Mesmo com o impasse sobre o futuro da escola, a direção, em conjunto com o Círculo de Pais e Mestres (CPM), promove na sexta-feira o primeiro evento de 2020 pelo 80º aniversário e para a campanha “Tuiuti Precisa de Ti”. Das 9h às 16h, haverá brechó e bazar. A diretora Geovana Rosa Affeldt garante que todo o dinheiro será revertido para as obras emergenciais. “Precisamos fazer manutenção dos banheiros, pintura e pequenos reparos e compra de material escolar. A reforma entregue neste ano foi no telhado, forro, elétrica e calhas.” 

No baile beneficente em 14 de dezembro, foram arrecadados R$ 20 mil. “Mesmo sem saber se teremos que remanejar alguns alunos para o salão da Igreja, como no final do ano passado, para o refeitório, biblioteca e salão de eventos, seguimos na luta pelo direito à educação na Tuiuti. Com os R$ 20 mil arrecadados, pagaremos alguns devedores e iniciaremos os reparos no prédio novo para recebermos as crianças como merecem”, disse a diretora.

A presidente do CPM, Dênia Fortes, diz que a instituição é referência na comunidade e não pode fechar as portas. “Tem ótimos profissionais e um amplo espaço. A educação é boa, mas estamos desamparados.” Outra mãe que se juntou à campanha é Caticilene Herberts. “Quero terminar meus estudos aqui. Não existe pessoa da comunidade que não estudou nesta escola.” Para 2020, estão programadas ações como rústica, bingo, torneios, rifas, chá e baile.

A Secretaria Estadual da Educação informa que já existe projeto para a reforma dos três prédios interditados, no valor de R$ 525 mil, mas não há previsão de início dos trabalhos pois o governo aguarda o trâmite licitatório.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895